Os três candidatos com maior votação nas eleições para governador de Mato Grosso terminaram suas campanhas com dívidas. Os candidatos prestaram contas na última terça-feira, prazo final estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas, devido a problemas no site, só hoje a justiça eleitoral divulgou os dados dos três.
O governador eleito, Mauro Mendes, (DEM), teve a campanha mais cara de Mato Grosso. Ao todo, foram gastos R$ 5,4 milhões e arrecadados R$ 4,1 milhões. Como já pagou pouco mais de R$ 4 milhões de despesas, restou uma dívida de R$ 1,3 milhão.
Taques, que até a última prestação de contas aparentava uma situação confortável, lançou novas despesas e terminou a campanha com gastos de R$ 4,7 milhões, arrecadou R$ 2,5 milhões e pagou R$ 2,4 milhões aos fornecedores. O restante, R$ 2,3 milhões, foi lançado como dívida de campanha.
A campanha do senador Wellington Fagundes custou R$ 5,2 milhões. Ele arrecadou R$ 4,7 milhões, sendo R$ 2,7 milhões de recursos próprios, e pagou R$ 4,4 milhões aos fornecedores, restando a ele uma dívida de R$ 814 mil, a menor entre os três.
O candidato do Psol, Moisés Franz, terminou a campanha sem dívidas. Ele arrecadou cerca de 14 mil e gastou R$ 11 mil. As contas de Arthur Nogueira (Rede), ainda não foram divulgadas pelo TSE.
A dívida de campanha é permitida pela legislação eleitoral e não impede a diplomação de nenhum candidato, desde que lançada e prestada dentro do prazo. Para que a justiça eleitoral aceite a dívida do candidato, é necessário que a direção nacional do partido assuma a responsabilidade e a repasse para que os diretórios regionais efetuem o pagamento, que pode ser parcelado em negociação com os fornecedores.
Junto com a prestação de contas, os candidatos devem apresentar o termo de concordância com os fornecedores, o que fizeram os três candidatos de Mato Grosso. Eles têm até a próxima campanha para o mesmo cargo para quitar as dívidas, sob pena de terem uma eventual candidatura indeferida.