A derrota do deputado Victório Galli (PSL) nas urnas não representa o fim da sua carreira política. Usando a assessoria para falar em seu nome, o político garante que vai ter participação no futuro governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Embora não saiba qual função deva exercer, a ocupação de um ministério já é descartada.
Galli se coloca como um “soldado” de Bolsonaro e aguarda “ordens” para saber qual “posto” vai assumir e aonde. Pode ser algum cargo de segundo escalão em Brasília ou o comando de algum órgão federal em Mato Grosso.
O atual presidente do partido também sonha em permanecer na presidência do PSL em Mato Grosso, o que deve acirrar a disputa interna pelo comando da sigla. Conforme Só Notícias já informou, a presidência é pretendida pela senadora eleita Selma Arruda, que aceita abrir mão em favor do deputado eleito Nelson Barbudo.
Ambos são adversários de Galli dentro da sigla e a ruptura ficou exposta ainda no processo eleitoral, quando o deputado pendeu para o lado do governador Pedro Taques (PSDB) em detrimento a um projeto de candidatura própria do partido pretendida pelo ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato.
Segundo a assessoria, a declaração dada por Selma de que o estatuto prevê que o partidário com o maior cargo ocupa a presidência, é invenção. Galli se fia na amizade com Bolsonaro, que ele afirma ter, e o apoio do presidente do partido Luciano Bivar, que, acredita o deputado, preferem que ele permaneça no comando por ser mais “obediente” à hierarquia partidária.
Continuando no partido, Galli pretende seguir, pelo menos, com o processo de expulsão de Rossato, que no período eleitoral fez campanha contra a sua reeleição.