Continuará preso o principal suspeito de degolar Claudinei Ferreira da Silva e jogar o corpo em uma vala de escoamento de água, no bairro Maria Vindilina. Em decisão unânime, os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negaram o pedido feito pela defesa, para o que réu fosse colocado em liberdade.
A defesa alegou “ausência de indícios suficientes de autoria” e de “dolo”, afirmando ainda que o suspeito possui “predicados pessoais favoráveis, residência fixa e exerce atividade lícita”. Os desembargadores, no entanto, lembraram que o acusado fugiu, em 2013, e só foi preso em 2017. “Nesse aspecto, já no início da instrução criminal houve fundamentação suficiente para a decretação da prisão para garantia da ordem pública e para eventual aplicação da lei penal”.
Os magistrados também negaram o pedido da defesa para impronunciar o réu e, desta forma, evitar o júri popular. “Os indícios suficientes de autoria foram demonstrados na decisão de pronúncia, e recai sobre o recorrente a provável responsabilidade pelo homicídio qualificado consumado de Claudinei Ferreira da Silva e a suposta ocultação de cadáver”.
O acusado vai a júri por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, e ocultação de cadáver. O crime ocorreu no dia 20 de maio de 2012, em frente a um bar localizado na avenida das Águias. O proprietário do estabelecimento narrou que viu a vítima e o suspeito chegarem juntos ao local. O dono contou ainda que, após ingerir certa quantidade de bebida alcoólica, Claudinei acabou dormindo no chão. O homem afirmou que só soube do crime na manhã seguinte, ao ver um rastro de sangue, do local onde a vítima dormiu até o “valetão”.
Ao ser preso, o homem acabou confessando o homicídio, revelando que “passou a faca” duas vezes no pescoço de Claudinei, enquanto este dormia. Em juízo, no entanto, acabou negando envolvimento no crime. Ele garantiu que, ao sair do bar, deixou a vítima dormindo e foi para uma festa na companhia de outro amigo.
Dois dias após o homicídio, o acusado foi preso temporariamente. Ele acabou solto, e conforme consta no processo, em seguida, fugiu da cidade. No ano seguinte, teve decretada a prisão preventiva.
O corpo da vítima foi localizado por moradores. Já o suspeito foi preso na casa da mãe, na rua dos Anzóis, no Recanto dos Pássaros, e continua no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. Ainda não há data definida para o julgamento.
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