O vice-presidente Oeste da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e coordenador de Política Agrícola e Logística da Aprosoja, Diogo Rutilli, e o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, participaram em Assunção (Paraguai), da 7ª Edição da Exposição Intermodal – Navegistic, para tratar situação da navegação na Hidrovia Paraguai, os gargalos e as soluções para o desenvolvimento da mesma e as iniciativas de cada país. A hidrovia corta metade da América do Sul, desde Cáceres, em Mato Grosso, até Nova Palmira, no Uruguai. O trecho brasileiro vai até a confluência com o Rio Apa e tem 1.272 quilômetros de extensão, e é região de fronteira com a Bolívia por 58 quilômetros e com o Paraguai por 322 quilômetros. No Navegistic, estiveram presentes representantes de todos os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).
Edeon, em sua palestra sobre o Arco Norte e sobre a hidrovia do rio Paraguai no Tramo Norte – Cáceres a Corumbá (MS), apontou que a “hidrovia tem como área de influência uma capacidade de produção atual de 8 milhões de toneladas de soja e milho e que poderá, no futuro, vir a produzir 24 milhões de toneladas, considerando-se o epicentro em Cáceres e um raio de 400 km”.
Ainda, conforme Edeon Ferreira, o evento foi importante para mostrar o que o governo brasileiro tem feito. “Mostramos as ações da Aprosoja e do Movimento Pró Logística à comunidade da bacia do Paraguai – Paraná, demonstrando a quem opera na Hidrovia o potencial do Tramo Norte, as ações do governo para melhoria da mesma e a segurança em se investir nesta importante alternativa de transporte”, completou.
Houve reunião com a empresa Panchita do Paraguai, que está investindo na construção de uma Estação de Transbordo de Cargas (ETC) na margem esquerda do rio Paraguai, na localidade do Barranco Vermelho, em Cáceres. “O projeto encontra-se em processo de licenciamento ambiental na secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), logo após a emissão da Licença de instalação será dado início às obras de construção. Incentivamos os investidores a acelerar o processo”, afirmou Diogo Rutilli.
Ele também conversou com um empresário que tem esmagadora de soja no Paraguai e “se mostrou muito interessado em começar o escoamento de soja pela hidrovia do rio Paraguai. Agora, falta nossa parte em relação à ETC de Cáceres, já que temos que disponibilizá-la para que sejam feitos transbordos a quem se interessar. Interessados existem”, finalizou Diogo.