Os estudos para viabilizar a Ferrogrão, que serão apresentados em Sinop, no próximo dia 26, apontam que a ferrovia que ligará Sinop a Miritituba (Pará) terá um estágio subsequente que inclui Lucas do Rio Verde e Sorriso no ‘trajeto do trem’. A construção dos trilhos começará em Miritituba sentido Sinop e a concessão é até Lucas do Rio Verde (150 km a mais) contemplando também Sorriso, campeão nacional em produção de grãos. Neste momento, a viabilidade financeira é fazer os 933 km até Sinop. Posteriormente, os trilhos ‘seguem’ para Sorriso e Lucas do Rio Verde. O planejamento é que a ferrovia seja usada parcialmente mesmo antes de ficar totalmente pronta.
Os estudos apontam que a Ferrogrão poderá ser responsável, até 2030, por exportar 22% da produção nacional, considerando que Mato Grosso responde por 40% dos volume de grãos, carne, madeira e outros vendidos no exterior.
A característica do projeto aponta que a ferrovia terá capacidade para exportar 50 milhões de toneladas/ano. Os principais produtos transportados serão soja, milho, fertilizantes e combustíveis.
A composição do trem será com 160 vagões e 3 locomotivas que podem transportar, em uma única ‘viagem’ 15, 7 mil toneladas. A projeção para andar os 933 km de Sinop a Miritituba é de 24 horas com velocidade máxima de 80km/hora.
O encontro em Sinop será para detalhar os estudos de engenharia, ambiental, modelo operacional, de demanda, financeiro e jurídico bem como os prazos para iniciar e terminar a obra.
A projeção é investir R$ 12 bilhões com recursos da iniciativa privada. Produtores rurais mato-grossenses querem fazer parte do projeto e serem sócio das multinacionais do agronegócio que vão injetar recursos para fazer a ferrovia com objetivo de agilizar as exportações, resolver parte considerável do problema de logística e tornar mais competitivos os produtos mato-grossenses.