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Presidente do Sindalcool prevê produção de milho em MT maior que a de soja até 2022

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

Mato Grosso deve produzir, até 2022, mais milho que do que soja, dado que reforça o otimismo do setor de biocombustíveis, que vive o boom da produção do etanol de milho. A análise é do diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool), Jorge dos Santos, que projeta colheita de 30 milhões de toneladas de milho este ano, em Mato Grosso, sendo que destes, 1,5 milhão são destinados para a produção de etanol e 4 milhões para a alimentação animal direta.

“Em Mato Grosso, somente este ano foram produzidos 30 milhões de granéis de milho e exportados 17 milhões, fora os 8 milhões enviados ao mercado interestadual, principalmente Sul e Nordeste, além do que se consumiu internamente, cerca de 4,5 milhões de toneladas, já computados o consumido com etanol. Em um futuro próximo, a previsão é que quando tivermos atingido 50 milhões de litros de etanol, estaremos produzindo 50 milhões de toneladas de milho só em Mato Grosso”, frisa.

No Estado, com o milho produzido, tem-se como produto o DDG (grãos de destilaria para alimentação animal com elevado teor em energia e fósforo obtido durante a produção de etanol), e como subproduto o etanol.  “Defendemos que é melhor transportar 300 kg de DDG do que uma tonelada de milho”, explica. Segundo Jorge, uma tonelada de milho produz em média 200 kg de DDG, que vai direto para a alimentação e 400 litros em média de etanol por tonelada de milho. “Isso em um processo rudimentar. Se falarmos em processos mais modernos, ele já chega a 400 kg de DDG por tonelada com poder proteico de até 50%. Veja que é um produto tão bom quanto a soja, porém com um preço infinitamente mais barato”, frisa.

O presidente da União Nacional dos Produtores de Etanol de Milho, Ricardo Tomczyc, destacou ainda que a produção de etanol de milho vai trazer ao Brasil uma situação semelhante ao que ocorreu nos EUA: um grande incentivo para produção de carne, com aumento de eficiência significativo na produção de carne bovina, suína, frangos e peixes em Mato Grosso.

O assunto também fez parte das discussões do I Workshop do Setor de Combustíveis de Mato Grosso, promovido pelo Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso), em conjunto com o Sindalcool e Sindibio (Sindicato das Indústrias do Biodiesel de Mato Grosso).

 

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