A Controladoria Geral do Estado (CGE-MT) e a secretaria de Fazenda (Sefaz) instauraram processo administrativo, com base na lei anticorrupção para apurar a responsabilidade de cinco transportadoras no suposto pagamento de R$ 92 milhões de propina a agentes públicos estaduais e a terceiros.
As empresas tinham como objetivo obter créditos indevidos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) dos combustíveis, em Mato Grosso, durante os anos de 2010 a 2015. O processo de responsabilização foi aberto por meio de portaria publicada no Diário Oficial que circulou hoje.
De acordo com a assessoria da Sefaz, subsidiaram a instauração do processos indícios de autoria e de materialidade extraídos do acordo de colaboração do ex-governador Silval Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF), das declarações dele nas oitivas realizadas em janeiro deste ano na sede da CGE e de inquéritos em andamento compartilhados pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Ao final do processo de responsabilização, e depois de assegurados a ampla defesa e o contraditório, uma das eventuais penalidades é a aplicação de multa de até 20% do faturamento bruto das empresas no exercício anterior ao da instauração do processo, além de reparação integral dos danos causados à administração pública.
Outras sanções administrativas são a restrição ao direito de participar de licitações e de celebrar contratos com a administração pública, além da publicação de eventual condenação na sede e no site das próprias empresas e em jornal de grande circulação local e nacional.