Dois candidatos a deputado estadual que tiveram votação expressiva e que estão com a candidatura indeferida aguardam resultados de recursos e, se deferidos, podem mudar a configuração da Assembleia Legislativa. O deputado Gilmar Fabris (PSD) terminou o pleito com 22.913 votos e Jajah Neves (SD) conquistou 14.915 eleitores.
Gilmar Fabris teve a candidatura barrada com base na lei da ficha limpa. De acordo com a procuradoria eleitoral, que pediu a impugnação, ele foi condenado em “decisão proferida por órgão colegiado, à pena de seis anos e oito meses de reclusão pela prática de crime contra a Administração Pública, mais especificamente peculato em continuidade delitiva (22 vezes)”. Ele chegou a ficar preso e foi libertado pouco antes das eleições.
Os 22.913 votos de Fabris são suficientes para elegê-lo diretamente se o seu recurso for deferido. Ele assumiria o lugar de Alan Kardec (PDT), o deputado da coligação que entrou com a menor votação. Seus votos também podem alterar o quociente eleitoral e mudar alguma posição entre candidatos com menos votos.
Mudar o quociente também é o que pode acontecer com os 14.915 de Jajah Neves, já que o número é menor do que os 18.721 votos de Ulisses Moraes (DC), o último deputado a entrar na coligação.
Para isso, a justiça eleitoral tem que acatar seu recurso contra a impugnação justificada pela lei da ficha limpa. O comunicador é acusado de fraude, abuso do poder político e uso indevido de veículo de comunicação na campanha que elegeu Ademar Neves, seu irmão, vereador em Várzea Grande, em 2016. Jajah foi condenado em agosto e ficou inelegível por oito anos.
