O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), Sigfrid Kirsch apontou, em entrevista, ao Só Notícias, que o setor teve crescimento de até 15% nas exportações no primeiro semestre. Ele considerou que o trabalho feito com legalidade ambiental e a valorização do dólar frente ao real estão sendo responsáveis pelo resultado positivo.
“O setor teve crescimento. Isso ocorreu devido ao câmbio e, principalmente, pela legalidade da madeira de Mato Grosso. Um grupo de japoneses veio conhecer nosso sistema. O mundo está comprando madeira da nossa região. Está mais legalizada e isso influencia diretamente no preço. Temos em média um aumento de até 15%”, explicou.
Kirsch citou que os principais clientes são Japão, Estados Unidos e a Índia que tem de destacado nos últimos meses. “Neste período, tivemos uma procura maior de compradores da Índia. Os principais produtos exportados são os deck e piso pronto. A madeira serrada de Itaúba, Angelim, Cumaru, Garapeira e Massaranduba também estão na preferência. O mundo tem visto a madeira do Estado com olhares diferentes devido ao respeito ambiental. Além disso, o aumento do dólar também favorece”.
Mato Grosso é o segundo maior produtor de madeira nativa do país, exportou 104,103 mil toneladas de produtos florestais nos primeiros cinco meses do ano, resultando em US$ 65,985 milhões. Os valores obtidos do sistema do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmam aumento de 31,2% na quantidade de madeira embarcada e de 25,90% na receita comercial.
Em 2017, foram produzidos 5 milhões de metros cúbicos de madeira de origem sustentável em Mato Grosso, com vendas superiores a esse volume e equivalentes a 6,3 milhões (m3), dos quais 72 mil (m3) acabaram sendo exportados, revertendo em receita comercial de US$ 149,6 milhões. Ao todo, o setor movimentou mais de R$ 1,5 bilhão.