O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Rogério Schietti Cruz, acatou o pedido de habeas corpus proposto pela defesa de uma jovem de 22 anos, acusada de participar de um assalto a uma loja de eletrônicos, em Sinop. Na época, a suspeita era funcionária do estabelecimento comercial e teria facilitado a ação dos assaltantes, que levaram R$ 200 mil em produtos do local, em maio deste ano.
Para Schietti, se a acusada “efetivamente, participou do roubo referido nos autos, provavelmente será punida com os rigores da sanção penal, mas, enquanto pende a acusação, sua liberdade somente pode ser tolhida mediante juízo de periculosidade tal a justificar a prisão preventiva, o qual não foi demonstrado”.
Ele ressaltou ainda que as provas “indicam que se trata de pessoa sem registro de antecedentes penais e não se tem notícia de atos que pudessem representar particular risco a terceiros ou ao processo que não sejam evitáveis com a inflição de providências menos gravosas que a cautela máxima”.
O ministro determinou que a acusada deverá cumprir medidas cautelares alternativas à prisão. Com isso, ela ficará obrigada a comparecer mensalmente à Justiça e deverá ainda ficar recolhida em residência domiciliar, durante o período noturno.
Conforme Só Notícias já informou, a revendedora de aparelhos da Apple, localizada na avenida Júlio Campos, teve prejuízo estimado em R$ 200 mil. A Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf) da Polícia Civil apontou que o irmão da jovem seria o mandante do roubo, executado pelo outro homem.
O criminoso chegou armado na loja, usando capacete, rendeu e trancou os funcionários e clientes nos fundos da empresa e, supostamente, obrigou a funcionária a pegar os Iphones e Ipad e colocá-los em uma mochila. Ainda segundo a investigação, a funcionária teria a função de desbloquear os aparelhos posteriormente.
Investigadores da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) conseguiram chegar até um dos suspeitos após analisarem imagens das câmeras de segurança e identificarem a placa da motocicleta usada no crime. O homem, acabou confessando e entregou o envolvimento da funcionária, dois irmãos, e um tio dela. A jovem e dois familiares foram presos no dia seguinte ao roubo.
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