A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) emitiu as licenças prévia e de instalação para a Rio Verde Indústria de Gorduras e Proteínas iniciar a construção de uma fábrica de “subprodutos do abate”, em Itaúba (100 quilômetros de Sinop). A empresa, aberta no ano passado no município, é ligada ao grupo gaúcho Fasa. A previsão de investimentos passa de R$ 28 milhões.
Segundo o prefeito Valcir Donato, com a emissão das licenças, a prefeitura iniciará a terraplanagem da área, que deve ser concluída em até 60 dias. “A empresa nos comunicou que, tão logo encerre esta etapa, será dado início à construção. A previsão para término da obra é abril do ano que vem”, afirmou, ao Só Notícias.
De acordo com os estudos apresentados pela empresa, devem ser gerados cerca de 70 empregos diretos na construção da fábrica, e de 100 a 120, após início da operação. Conforme o prefeito, a empresa ainda não começou a contratar funcionários. “Estas contratações terão início, segundo a empresa, após a construção do barracão da fábrica. A gente sabe que será dado prioridade para os moradores da região”.
No ano passado, Donato sancionou a lei que autorizava a doação de um terreno de 49 hectares para a empresa. O imóvel, localizado às margens da BR-163, na saída para Sinop, pertencia a uma colonizadora do município e foi comprado pela prefeitura em agosto. A aquisição custou R$ 720 mil, valor que será pago em três parcelas anuais.
A ideia inicial era transformar o terreno em um distrito industrial. O interesse do grupo empresarial gaúcho, no entanto, mudou os planos, segundo o prefeito. De acordo com o gestor, após a manifestação inicial de interesse, foi realizada uma audiência pública para ouvir a população e para que os empresários tivessem oportunidade de apresentar o projeto.
Antes que a prefeitura encaminhasse ao Legislativo a lei autorizando a doação, o secretário de Agricultura, Desenvolvimento, Meio Ambiente e Turismo, Narcizio da Costa, ainda visitou a sede da empresa, no Rio Grande do Sul.
O grupo gaúcho instalará a primeira planta em Mato Grosso. Atualmente, possui oito plantas industriais para processamento dos resíduos de origem animal, sendo três no Rio Grande do Sul, duas em Santa Catarina, uma no Mato Grosso do Sul, uma em Rondônia, uma no Pará e mais uma planta no México.
Os incentivos oferecidos pela prefeitura foram a doação do terreno e a terraplanagem do local.