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Pacientes protestam contra demora de cirurgias em Sinop

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: divulgação)

Parentes de cinco pacientes internados, alguns há mais e dois meses, no Hospital Regional de Sinop esperando por uma cirurgia fizeram esta manhã um protesto em frente à unidade cobrando celeridade do governo do Estado no tratamento. São pacientes de risco, com idade avançada, que sequer podem deixar a internação, e que sofrem, também com a falta de informação sobre o próprio futuro.

Na carta, assinada por Mayara Lavezzo, Elisete Biasibetti, Daniele Montanhana, Damião dos Santos e Delza Anschau, os parentes dos pacientes justificam o protesto dizendo que é a última tentativa de sensibilizar o Estado.  “Respeitando o momento de campanha eleitoral e tentando preservar a imagem de cada familiar, ainda não havíamos recorrido aos senhores por receio de associação de imagem com políticos. Contudo, já entramos na justiça individualmente, já usamos todas as formas possíveis, com ligações, inclusive, no telefone pessoal do governador do Estado. A resposta é sempre a mesma: ‘estou encaminhando’, ou então ‘é assim mesmo, tem que esperar’”, diz trecho da carta destinada à imprensa.

Os filhos dos pacientes acreditam que é mais barato, financeiramente, para o Estado efetuar a cirurgia do que mantê-los internados por um longo período. Apesar dos pedidos insistentes, o custo diário de um paciente não foi informado oficialmente aos representantes dos internados, mas eles acreditam, informalmente, que cada leito custe cerca de R$ 1 mil ao dia.

“Entendemos que os procedimentos médicos, se tivessem sido realizados, sairiam mais baratos do que manter os pacientes no mesmo lugar por tanto tempo. Pior que isso, há outras pessoas que jamais chegam a esta fila porque alguém já a ocupa. Portanto, um problema coletivo de domínio e envolvimento público”, relataram.

Embora cada família tenha entrado na justiça para requerer a cirurgia, eles encontram dificuldade em conseguir orçamentos válidos, pois os hospitais sabem que terão dificuldade para receber do governo estadual. “Nossos impostos não são pagos sob liminar, não pedimos para esperar e não apontamos advogados ou juízes para pagar tributos. Eles nos são arrancados todos os meses, todos os dias. E o Estado, mal gerido, não nos dá a contrapartida a que temos direito”, reforçam.

Só Notícias procurou a secretaria de Estado de Saúde pedindo se há alguma previsão de cirurgia e qual é o valor gasto diariamente com cada paciente internado, mas foi encaminhado para a direção do Hospital Regional em Sinop que foi evasivo na resposta e não esclareceu os questionamentos. Por meio de nota apenas explicou como são feitos os procedimentos que devem ser adotados, sem dar previsão da realização das cirurgias. “As cirurgias cardíacas – dentre elas cateterismo e angioplastia – eletivas e de urgência e emergência, são realizadas em Cuiabá, já que o Hospital Regional de Sinop não realiza no momento estes procedimentos. O médico regulador, por meio do Escritório Regional de Saúde, deve enviar a AIH (Autorização de Internação Hospitalar) do paciente para o município de Cuiabá que insere no SISREG (Sistema Nacional de Regulação) e encaminha o paciente para um dos hospitais habilitados, dentre eles o Hospital Geral Universitário (HGU), Amecor e Santa Casa”, limitou-se a responder.

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