O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, informou, nesta quinta-feira à tarde, através do Twitter que a liminar que suspendia o uso dos defensivos à base de Glifosato em todo o território nacional foi derrubada. Mas, nesta sexta de manhã, ele mandou mensagens via Whatsapp informando que houve equívoco e que a liminar ainda está valendo. Ele disse ter sido informado pelo secretário que o pedido para derrubá-la ainda será apreciado pelo tribunal.
A Advocacia-Geral da União (AGU) teria entrado com uma ação no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) no início do mês a fim de conseguir suspender a liminar.
AGU alegou que a proibição do Glifosato traria um grave risco para a economia e teria um impacto potencial de R$ 25 bilhões na balança comercial brasileira. Além disso, argumentou também dizendo que a medida obrigaria alguns produtores a abandonarem as técnicas de plantio direto.
“Assim, mantida a decisão atacada, o Brasil seria o primeiro país a restringir totalmente o uso de glifosato, o que levaria muito provavelmente a maior parte dos produtores a deixar de utilizar o plantio direto e voltar a preparar, em alguma medida, o solo, com evidentes perdas para o meio ambiente”, disse a AGU.
De acordo com as palavras do próprio ministro, mais cedo, caso o TRF-1 não suspendesse a liminar, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) entraria com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para garantir o uso do defensivo na próxima safra. “Vamos subir para o STJ na tentativa de conseguir uma liminar que permita fazer a safra deste ano (com o glifosato)”, afirma Maggi
(Atualizada às 08:02h em 24/8)