Fabiano Sebin, 35 anos, foi condenado, hoje, em júri popular, a 22 anos e quatro meses de prisão por estuprar e matar a manicure Rosa de Lourdes Francisca da Silva, 43 anos, em maio de 2016. Ele ainda foi sentenciado a mais três anos de prisão por furtar o carro da vítima. Desta forma, ficará preso por 25 anos e quatro meses.
Para a maioria dos jurados, Fabiano foi o autor do homicídio. Eles entenderam que ele cometeu o assassinato para garantir a impunidade de outro crime (estupro). Ainda reconheceram a qualificadora de homicídio cometido mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima.
A Justiça determinou que ele deverá começar a cumprir a pena em regime fechado. Desta forma, continuará preso no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. Fabiano, no entanto, ainda pode recorrer da sentença.
Consta no processo, que Fabiano degolou Rosa após estuprá-la. Em seguida, furtou o carro da manicure e fugiu para o Pará, onde foi preso. Ao ser interrogado, ele negou o abuso sexual e declarou que trafegava em uma motocicleta, quando acabou esbarrando e quebrando o retrovisor do Toyota Corolla dirigido por Rosa.
Afirmou ainda que discutiu com a vítima e, em seguida, foi embora. No entanto, segundo esta versão, a manicure teria o seguido até o bairro Dauri Riva, onde discutiram novamente. O réu alegou que, após ser agredido no rosto, pegou uma faca que estava escondida na moto e esfaqueou a vítima. Em seguida, fugiu.
A prisão só foi possível após policiais civis descobrirem uma testemunha próxima ao acusado. Segundo ela, no dia do crime, Fabiano apareceu em sua residência “batendo a cabeça na porta da residência, e dizendo que havia matado uma mulher que tinha por nome Rosa”. A testemunha também relatou que ele pediu ajuda para carregar seus pertences no veículo da vítima, pois pretendia fugir até o Estado do Pará.
Com as informações, policiais de Sinop fizeram contato com autoridades de segurança no Estado vizinho. Horas depois, policiais militares paraenses conseguiram prender Sebin em Moraes de Almeida, distrito de Itaituba. Ainda na ocasião, ele confessou ter roubado o Toyota Corolla preto da vítima e, em entrevista, alegou que estava de moto, quando se desentendeu com Rosa e acabou a matando.
“Dei o primeiro golpe nas costas dela. Quando ela caiu, de lado, eu a puxei pelo cabelo e cortei o pescoço dela, estava muito nervoso, com raiva. Depois, percebi a besteira que tinha feiro e fui até a casa do meu irmão, no bairro Daury Riva, contei o que fiz e saí correndo. Peguei o carro, abasteci com R$ 100, e fugi pela rodovia. Eu não iria esperar a polícia me prender, sabendo o que tinha feito”, relatou na época.