O governador Pedro Taques (PSDB), que concorre à reeleição, usou uma situação cotidiana para justificar as suas faltas como gestor e as promessas não cumpridas em seu mandato. Ontem, durante o lançamento do seu comitê, e dos candidatos ao Senado, Nilson Leitão (PSDB) e Selma Arruda (PSL), em Várzea Grande, o tucano disse que o governo é como uma pessoa normal. “Eu quero pedir a você que faça uma reflexão. Nos últimos três anos, você fez tudo na sua vida? Você conseguiu trocar de carro? Você conseguiu melhorar a sua casa? Muitas vezes não. O Estado não fez tudo. Porque eu fui eleito para ser o governador de Mato Grosso, eu não fui eleito para resolver todos os problemas do Estado”, justificou.
Taques usou o argumento para pedir voto novamente aos mato-grossenses, pediu que o eleitor faça uma comparação e que divida com ele a responsabilidade de governar Mato Grosso. “Cada um de vocês vai ter que assumir a sua responsabilidade. A responsabilidade de olhar para trás e ver a escuridão, olhar para frente e ver continuar a clarear o que nós estamos melhorando”, completou.
O tucano também aproveitou a oportunidade para, usando suas frases de efeito, alfinetar alguns dissidentes do seu grupo, entre eles, indiretamente, o deputado Baiano Filho (PSDB), que recentemente abandonou a sua candidatura e deve se unir ao projeto de Mauro Mendes (DEM). “Não adianta mentir. Para cada mentira, nós contaremos mil verdades. Não adianta inventar. Para cada invenção, nós falaremos muitas verdades. Pode desistir e mudar de lado, não nos interessa. No momento da tempestade, aqueles medrosos vão caindo, outros vão saindo do barco, mas nós temos uma direção”, concluiu Taques.