Depois de Mayra Cardi, o marido da life coach, o cantor e ator Arthur Aguiar, também decidiu se manifestar sobre as controvérsias envolvendo o cachorro Pipoca, “filho” de quatro patas do casal.
O casal optou por doar o cachorro por conta das condições físicas do pet que, segundo eles, se agravavam por conta do piso de porcelanato da casa em que o casal mora. “Mesmo achando que eu deveria ter o direito de guardar pra mim as coisas que eu não quero dividir, eu percebo que não tenho esse direito. Estamos vivendo numa época chata pra cacete, onde todo mundo tá cheio de verdade absoluta e sabe de tudo!”, começou ele.
Arthur ainda usou a legenda para completar. “Falam com tanta certeza sobre coisas que elas não fazem a menor ideia que chega a ser assustador. Bom, já que não tenho esse direito, vamos lá!! Como escrevi um texto enorme pra explicar passo a passo de tudo que aconteceu, não coube aqui. Então, passa as fotos pro lado que eu contei a única e verdadeira história sobre o Pipoca!! Leiam até o fim!!”, postou ele, que divulgou um álbum de imagens com texto do desabafo.
Eu ganhei o Pipoca da Mayra logo no início do nosso relacionamento, sempre amei cachorro e sempre quis ter um Golden. Ele chegou bem pequenininho e era uma delícia. A gente brincava pra caramba, corria pela casa, ele fazia as bobagens dele, a gente passeava na praia, enfim, era muito gostoso.
Logo no início, contratamos um amigo meu que é adestrador e de cara ele falou que talvez pudéssimos ter problema mais pra frente por conta do piso da nossa casa que é de porcelanato. Que essa raça, especificamente, tem tendência a ter problema de displasia coxo-femural.
Como ele ainda era pequeno e isso não era uma certeza absoluta, era uma coisa que ele poderia ter ou não, a gente achou que tudo bem. Que não fosse ter nenhum tipo de problema. Só que ele foi crescendo e foi começando a ter dificuldade de ficar em pé e começou a mancar. Quando eu o vi assim, eu achei que tivesse se machucado, batido em alguma coisa, mas não.
Íamos fazer uma viagem pra Itália e, como não tínhamos ninguém que pudesse ficar com o Pipoca, eu comecei a procurar algum lugar legal que eu pudesse deixar ele e que eu tivesse certeza que seria bem cuidado. Foi aí que achei um lugar maravilhoso, que é um hotel e centro de reabilitação de animasi perto da minha casa e que cuidou dele maravilhosamente bem!
Quando voltei de viagem, a dona do hotel, que também é veterinária, me chamou e disse que tinha tomado a liberdade de examinar o Pipoca e disse que ele estava com displasia, que precisaria fazer fisioterapia e que se ele continuasse no piso da nossa casa ele iria acabar tendo um problema muito maior. Iria poder ficar sem andar e acabar tendo que operar pra consertar o dano que o piso estava fazendo nele.
No início tentei entender se caso ele fizesse a fisioterapia e fizesse algum tipo de esforço muscular, se isso resolveria, uma vez que seria inviável eu trocar o piso de uma casa que nem é minha, já que moramos de aluguel, e muito menos mudar de casa, sendo que temos um contrato e teríamos que pagar multa pra sair.
Ela me garantiu que se ele continuasse morando na nossa casa, com esse piso, não teria muito o que fazer, ia acabar acentuando cada vez mais o problema dele.
Confesso que num primeiro momento relutei muito. Sem querer eu fui egoísta. Amava, amo, o Pipoca e não queria abrir mão dele. Só que os dias foram passando e fui vendo o quanto estava sofrido pra ele estar ali. Ele passava horas deitado, pra levantar era uma dificuldade e mancava muito. Foi quando percebi que estava sendo muito egoísta. Só estava pesando em mim. No quando eu amava e queria ter um cachorro.
Tomei umas decisões difíeis que foi procurar alguém de confiança que amasse cachorro pra que pudesse ficar com ele e fazer com que ele fosse feliz e saudável!! Demirei um pouco pra achar, mas acabei achando uma pessoa apaixonada por cachorro, que morava numa casa super legal, com quintal e mais 2 cachorros.
Antes de ele ir pra sua nova dona, levei ele novamente pra esse centro de reabilitação, onde ele se recuperou e voltou até a correr, coisa que ele não conseguia mais fazer. Quando fui lá buscá-lo, ao mesmo tempo que eu fiquei muito feliz de vê-lo brincando e se divertindo como há muito tempo não via, inclusive até postei nos meus stories esse dia, fiquei triste em perceber que estava na hora de ele ir. Que eu precisaria abrir mão dele pro bem dele!
Pra mim, foi muito difícil e até por isso que nunca vim até aqui falar sobre isso. Porque é uma ferida que não cicatrizou ainda. Só que, como disse lá em cima, hoje vivemos numa época que não temos mais direito de nada. Nem de guardar pra gente as nossas dores. Tudo tem que ser falado e justificado, porque está cheio de gente que sabe tudo com um monte de verdade absoluta.
Maldade não é você pensar no que é melhor pro seu cachorro ou pra pessoa que você ama, mesmo que isso não seja o melhor pra você. Maldade é você só pensar em você e dane-se se isso vai ser bom ou não pro seu cachorro ou pra pessoa que você ama!
Eu tenho orgulho de ter conseguido pensar somente no que era melhor pra ele. E hoje eu sei que ele está superfeliz onde ele está e está sendo super bem tratado. É isso que importa. A felicidade e saúde dele!!
Pra todas essas pessoas que vieram até o meu Instagram e no da Mayra pra falar um monte de coisa que não fazem a menor ideia, melhorem!
Procurem saber antes de falar. Procurem entender antes de vir afirmando coisas que vocês nem sabem!
Eu desejo que vocês possam mudar e se transformar em pessoas melhores. Enfim, é a única e verdadeira história sobre o Pipoca.
Obrigado e desculpa o texto grande.
(PUREPEOPLE)