PUBLICIDADE

Registros de estupros aumentam em Mato Grosso

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias

Dados do 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados, hoje, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontam aumento de 4,4% nos casos de estupro em Mato Grosso no ano passado, em comparação com 2016. Foram 1.705 registros, contra 1.614, respectivamente. Segundo o levantamento, a taxa de ocorrências foi de 51 casos para 100 mil habitantes no ano passado e de 48,8 no ano retrasado.

Os números de tentativa de estupro também apresentaram aumento de 16,4% em 2017, quando houve 192 casos, em relação ao ano anterior, que registrou 163 ocorrências. Isso representou 5,7 casos a cada 100 mil habitantes no ano passado e 4,9 em 2016.

De acordo com o artigo 213 do Código Penal Brasileiro, o estupro é o ato de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.

Considerado um dos crimes mais violentos, é classificado como hediondo. A pena é de seis a 10 anos de reclusão, e pode aumentar para oito a 12 anos se houver lesão corporal da vítima ou se a vítima possuir entre 14 e 18 anos de idade, e para 12 a 30 anos se a conduta resultar em morte.

Para o delegado-adjunto da Delegacia de Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande, Cláudio Álvares Santana, o aumento no número de registros é reflexo do empoderamento das mulheres. “Este é um fenômeno parecido com o que ocorreu com a Lei Maria da Penha, quando as mulheres passaram a ter mais coragem e se sentirem seguras em denunciar crimes de violência doméstica. As denúncias feitas por terceiros e a procura pelas próprias vítimas que sofrem o estupro aumentam a cada ano, por isso há mais registros de casos desta natureza”.

De acordo com a assessoria da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), da de;egacia especializada de Várzea Grande, por exemplo, uma média de nove a cada 10 casos são solucionado, com autoria identificada.

“Antigamente, as mulheres não tinham coragem de ir até a delegacia para registrar sequer uma tentativa de estupro, pois a cultura machista, muitas vezes, inibia a vítima. Mas isso mudou, e hoje temos delegacias especializadas, com atendimento individualizado e integral respeito à mulher”, acrescentou o delegado.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE