O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado de Mato Grosso do Sul desarticulou um grupo criminoso que atuava com o esquema de fraudes fiscais formado por produtores rurais, funcionários da Secretaria Estadual de Fazenda, caminhoneiros, corretoras, e a princípio 14 empresas de fachada que emitiam notas fiscais frias. A Coordenadora do GAECO em Mato Grosso do Sul, Cristiane Mourão Leal Santos, informou que em Campo Grande foram 13 prisões, incluindo servidores. Já no interior, foram 9 mandados de prisão em Chapadão do Sul, um dos municípios carros-chefes da produção rural no Estado, 2 em Costa Rica e 1 em Itaporã; 2 em Cuiabá; 1 em Rio Verde Goiás; 1 em Mineiros (GO); 2 Presidente Prudente (SP) e 2 em Rodeio Bonito (RS). A estima é que os cofres públicos tenham sofrido prejuízo de pelo menos R$ 44 milhões.
A Operação “Grãos de Ouro” também cumpriu 33 mandados de busca em Campo Grande, 21 em Chapadão do Sul, 11 em Costa Rica, 1 em Coxim, 2 em Itaporã, 3 em Nova Alvorada do Sul, 1 em Fátima do Sul, 1 em Cassilândia, 1 em Rio Negro, 5 em Rio Verde de Goiás, 3 em Mineiros (GO), 5 em Alto Araguaia (MT), 2 em Cuiabá, 2 em Presidente Prudente (SP), 2 em São José do Rio Preto (SP), 1 em Paranapuã (SP), 1 em Jales (SP), 1 em Oroeste (SP), 1 em Cosmorama (SP), 1 em Três Fronteiras (SP), 1 em Álvares Machado (SP), 1 em Uberlândia (MG), 1 em Unaí (MG), 1 em Paranaguá (PR) e 2 em Rodeio Bonito (RS).
De acordo com o GAECO, a investigação do esquema criminoso começou em 2016 quando o Ministério Público de Mato Grosso do Sul foi provocado pela Secretaria de Fazenda que apresentou suposta existência de um esquema de sonegação de tributos estaduais, ICMS, na comercialização de grãos produzidos no Estado.
Participaram da Operação 34 Promotores de Justiça e 250 Policiais Militares.