O senador José Medeiros (Podemos) que desistiu da reeleição ao Senado, explicou que a decisão de concorrer a deputado federal foi baseada em estratégias políticas que levam em consideração o quociente eleitoral e as probabilidades de eleição. Ele admitiu que sozinho seria difícil ser competitivo ao Senado e que pensou no bem do seu partido. “Na conjuntura que está aí, são três candidatos ao governo e muitos candidatos ao Senado nas chapas que fecharam. Nós temos duas chapas a federal e estadual e para eu sair sozinho [somente com o Podemos] nós tínhamos que ter estrutura de chapa para federal e estadual que fizesse o quociente eleitoral sozinha. Para eu falar que vou peitar o Senado sozinho, sacrificava as duas chapas. Chega um momento que a realidade é o que é, não o que a gente gostaria que fosse”, justificou.
Medeiros acrescentou que não entende como um rebaixamento a disputa que vai travar pela Câmara Federal. “Estar no Congresso Nacional, no Senado ou na Câmara, tudo depende do trabalho que você fizer. Então, não vejo demérito algum em estar de deputado federal”, pontuou.
Em relação à sua cassação, confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso na terça-feira passada, Medeiros se diz tranquilo e que espera o efeito suspensivo para sequer desocupar a cadeira. Hoje o Pleno do TRE deve se reunir novamente para assinar a ata, já revisada, da cassação e enviá-la para o Tribunal Superior Eleitoral e para o Senado dar posse ao suplente Paulo Fiúza.
A cassação gerou uma inelegibilidade reflexa, pode tornar Medeiros inelegível no momento em que ele registrar sua candidatura.