Um novo laudo do IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro apontou embolia pulmonar como causa da morte da bancária Lilian Calixto, moradora de Cuiabá que teve complicações em decorrência de uma aplicação da substância conhecida como metacril nos glúteos.
Os médicos legistas responsáveis pelo laudo fizeram exames complementares para chegar a um resultado após a primeira necropsia não ter sido conclusiva. Chamada pelo médico-perito de “embolia do chuveiro”, o problema acontece porque as partículas sintéticas da substância aplicada se deslocam e impedem a oxigenação no pulmão, levando a falência de órgãos como rins e fígado.
O médico Denis Furtado, responsável pelo procedimento que supostamente matou a bancária, afirma ter aplicado 300 ml de metacril. A resolução da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), que regulamenta o uso da substância, libera a aplicação do produto apenas em pequenas quantidades e restringe o uso na região dos glúteos.
No último dia 14, Lilian foi atendida por Denis, conhecido como “Doutor Bumbum”, em uma cobertura na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde recebeu a aplicação da substância. Após o procedimento, a bancária passou mal e deu entrada na emergência de um hospital particular. Depois de quatro paradas cardiorrespiratórias, ela faleceu.
Denis foi preso no último dia 19 e transferido para o presídio de Genicinó no final de semana seguinte. Também estão presos a mãe dele, Maria de Fátima Furtado, e a namorada Renata Fernandes Cirne, de 19 anos.