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Confederação prevê queda de 5% na safra de milho; parte de Mato Grosso teve estiagem

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A estimativa da produção de grãos para esta safra é de 228,5 milhões de toneladas, de acordo com o 10º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado ontem. Apesar de ser a segunda maior da história, a safra deste ano teve queda de 3,9% se comparada com a passada, de 237,7 milhões de toneladas.

Na avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o principal responsável por essa redução é o milho safrinha, que sofreu com a estiagem em meados de maio e junho, principalmente no Mato Grosso do Sul, Paraná, parte de Goiás e Mato Grosso. Em menor proporção, o milho verão e o arroz também tiveram rendimentos aquém do esperado.

“Com o avanço da colheita do milho safrinha, novos ajustes devem ser realizados e a produção deverá ficar próxima a 225,4 milhões de toneladas, queda 5,1% em relação à última safra”, explica o assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Alan Malinski.

De acordo com a Conab, a produção do milho safrinha está estimada em 56,02 milhões de toneladas ante 58,22 milhões (-16,9%) divulgadas em junho. As estimativas da CNA apontam para uma produção próxima a 53 milhões de toneladas.

“A CNA esteve percorrendo o estado do Mato Grosso do Sul e identificou que a perda de produtividade no estado deve ficar acima dos 30%. Entretanto, comparando com a safra passada onde o Brasil colheu safra recorde de milho, os preços ofertados pelo cereal estão superiores e isso deve contribuir para minimizar os prejuízos dos produtores.”

Em relação à soja, a colheita está finalizada e a produção foi ajustada para 118,89 milhões de toneladas. Segundo a CNA, esse montante colhido ficou muito acima das estimativas iniciais apontadas pelos principais agentes de mercado após o plantio da oleaginosa.

“A soja foi o grande destaque dessa safra com incremento de 5% a 6% e as boas condições climáticas fizeram com que tivéssemos boa produtividade em praticamente todas as regiões, tirando algumas exceções como Sul do Rio Grande do Sul e algumas regiões do Mato Grosso onde a chuva acabou atrapalhando a colheita”, afirma Malinski.

Na avaliação do técnico, o algodão também teve destaque, com incremento de aproximadamente 25% em área, com ótima produção tanto em quantidade quanto em qualidade.

“A colheita do algodão está em andamento e as estimativas indicam uma produção de 1,964 milhão de toneladas de pluma, a maior produção colhida no Brasil. Essa é a segunda safra consecutiva que a produtividade e a qualidade de fibra estão acima da média e isso deve garantir rentabilidade positiva aos cotonicultores.”

A informação é da assessoria da CNA

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