O presidente do Conselho Brasileiro de Feijão e Pulses, Tiago Stefanello, avaliou que é muito significativo para a cadeia produtiva do feijão, a decisão do governo de Mato Grosso em reduzir de 12% para 5% da alíquota do ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) para vendas interestaduais do grão, até 31 de dezembro de 2020. “O foco agora é no melhoramento genético em especial na produtividade, já que hoje se fala tanto em exportação de pulses e também sobre o feijão que se planta lá fora, então temos que adaptar essa cultura aqui, para torná-la mais produtiva e rentável para o nosso produtor”, explicou Tiago.
Em um estudo recente realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a cultura do feijão, apontou que na safra 2016/17 em Mato Grosso, cultivou-se 4,4 mil hectares de feijão carioca e 6,4 mil hectares de caupi, contabilizando uma produção de respectivamente 8,8 e 7,7 mil toneladas.
O governo mato-grossense também decidiu que serão destinados 15% deste imposto para o Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Fundeic) e 5% para o Fundo de Apoio à Cultura da Soja (FACS), que repassará recursos para a Associação dos Produtores de Feijão, Trigo e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir). “Essa redução na alíquota vai permitir que possamos competir com os outros estados produtores e ainda com o fomento para o fundo do feijão conseguiremos viabilizar a gestão de nossa associação e desenvolver pesquisas do feijão, pulses e outras culturas”, concluiu o secretário executivo da Aprofir, Afrânio Migliari.