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Palmeiras cede empate ao Santos no Pacaembu

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Gazeta Esportiva (foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

Ruim para os dois lados. Nesta quinta-feira, Santos e Palmeiras duelaram no Pacaembu e empataram por 1 a 1 no primeiro jogo de cada equipe no Campeonato Brasileiro após a pausa da Copa do Mundo. O Verdão abriu o placar com o ex-alvinegro Lucas Lima, mas deixou cair o ritmo na segunda etapa, perdeu chances claras e sofreu empate, anotado por Gustavo Henrique.

O clássico sempre é um teste para Palmeiras e Santos, mas no duelo desta quinta-feira, a prova de fogo foi ainda maior. No primeiro jogo após a parada do Mundial, os dois times ‘estrearam’ novas formações, com planos táticos inéditos. Pelo que apresentaram especialmente na primeira etapa, porém, a impressão foi de que apenas o Verdão soube utilizar o tempo livre.

Pela primeira vez em um jogo oficial em 2018, o time de Roger Machado foi escalado com três meias criativos. No início da partida, a opção parecia que seria um problema, já que o Alviverde entrou em campo disposto a contra-atacar, mas sem ter a velocidade de pontas rápidos como Keno e Dudu.

O Palestra, entretanto, não demorou para achar uma solução, claramente treinada durante a pausa. Com seis minutos, Willian, o mais veloz do setor ofensivo alviverde, abriu pela direita, recebeu uma bola longa e fez grande jogada. Enquanto Bigode driblava o marcador, Lucas Lima entrou pelo meio, na posição do camisa 29, recebeu o passe, girou e bateu no canto.

Não foi o primeiro clássico de Lucas Lima vestindo a camisa do Palmeiras contra seu ex-clube, tampouco a primeira vez em que foi hostilizado pelas arquibancadas alvinegras, mas ao contrário dos últimos duelos, o meia mostrou ‘raiva’ do rival e o futebol que lhe trouxe ao Verdão. Prova disso foi a comemoração, mostrando seu nome e número, e batendo no que ele mesmo disse ser “o escudo do Maior Campeão do Brasil”.

Tendo o camisa 20 inspirado no primeiro tempo, o Palmeiras apresentou seu ‘novo’ estilo de jogo. Em mais de uma oportunidade, a equipe trocou passes em sequência por mais de um minuto, colocando os adversários ‘na roda’, mas pecando na objetividade para chegar ao gol. A atuação impecável da zaga até então e a falta de criatividade praiana contribuíram para o domínio alviverde.

Do outro lado, o Peixe de Jair Ventura, que treinou durante toda a intertemporada com quatro atacantes, se mostrou desorganizado. Sem meio-campo, o Santos assustou apenas em jogadas individuais e abusou nos cruzamentos. Nada construído pelo meio, onde o atacante Rodrygo tentou ser armador.

Na etapa final, pela queda do Palmeiras, o jogo se equilibrou. O Santos seguiu assustando apenas em cruzamentos para a área, mas o Verdão deixou cair o nível físico e de concentração. A equipe passou a não recompor defensivamente como antes, não se movimentar para receber na frente e errar muitos passes.

E foi justamente nesta situação que o gol de empate do Santos aconteceu. Gustavo Scarpa errou assistência no ataque, o Peixe puxou o contra-golpe e Dodô foi derrubado na entrada da área. Na cobrança, Victor Ferraz acertou seu primeiro levantamento no jogo, mas Antônio Carlos afastou. No rebote, Dodô tocou de cabeça, e Felipe Melo desviou contra o próprio travessão. A bola ainda sobrou para Gustavo Henrique, que precisou apenas tocar de cabeça para empatar.

Com o 1 a 1 no placar, Roger colocou Deyverson na vaga do lesionado Willian. Artur e Jean também entraram nos lugares de Hyoran e Lucas Lima. Assim, o Palmeiras passou a ‘imitar’ a atuação santista e apostar nas bolas levantadas para a área.

Em cruzamentos, Deyverson quase marcou, mas Vanderlei fez milagre. Depois, o garoto Artur acertou a trave, mas a pressão palestrina, já pouco organizada, não foi suficiente para o Verdão retomar o Brasileirão com vitória. Do lado alvinegro, ficou o gosto amargo pelo gol sofrido do ex-ídolo, mas o alento do empate em um duelo que o Peixe não teve boa atuação.

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