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Sinop: prefeitura alerta para riscos de alimentar animais silvestres no Parque Florestal

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Redação Só Notícias (fotos: Só Notícias/Diego Oliveira e Ademir Jr)

Classificado como uma unidade de conservação, o Parque Florestal de Sinop conta com algumas normas e regras de conduta por parte dos visitantes para assegurar a manutenção da biodiversidade, entre elas a proibição de alimentar os animais, como alerta a bióloga Cristiane Cesco Diel, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS). A restrição engloba desde gêneros industrializados (salgadinhos e demais) até frutas.

Diel, explica que os animais silvestres, diferentemente dos seres humanos, possuem hábitos alimentares distintos e quando alterados, implicam em maior suscetibilidade às doenças, mudanças metabólicas, impacto sobre a cadeia reprodutiva, entre outros riscos. "Cada animal tem seu instinto, seu habitat. Como eles já vivem, aqui, eles sempre tiveram sua alimentação natural. Porém, a própria população, quando vem ao parque, costuma trazer alimento e isso não faz bem à saúde dos animais. Como eles habitam este espaço eles têm que buscar o próprio alimento. Por isso a gente orienta a população a não ficar trazendo alimento aqui dentro do parque. Há uma equipe qualificada que dá um complemento para esses animais", ressaltou a bióloga.

O complemento citado refere-se a frutas diversas doadas por uma rede supermercadista, e que são disponibilizadas pela SDS três vezes na semana, em dois horários, aos animais. Elas chegam ao parque às segundas, quartas e sextas-feiras e são colocadas pela equipe em um cocho onde os macacos possam encontrá-las. Já nas áreas onde as araras costumam transitar a alimentação é complementada com oleaginosas. A ação é suficiente, como explica Cristiane Diel, para alimentar de forma adequada os animais de base onívora cuja cadeia alimentar é constituída por insetos, invertebrados, pequenos brotos, sementes, entre outros itens de fonte vegetal e animal e que se encontram naturalmente naquele ambiente.

De forma a não acarretar prejuízos à fauna e flora, a secretaria reforçou os comunicados de proibição de acesso ao parque pelos frequentadores com alimentos tanto industrializados ou mesmo naturais, de forma a assegurar o cumprimento da legislação municipal que, desde 2009, proíbe a entrega destes gêneros aos bichos do parque.

A bióloga da SDS, Cristiane Diel, fez um alerta. "É preciso tirar esse mito que a população fala que os animais estão passando fome e não estão. A gente pode ver que se têm vários macacos com filhotes. A população precisa vir ao parque, que é um local maravilhoso, contemple, tire fotos, mas não alimente os animais, porque alimentos industrializados fazem muito mal à saúde dos animais".

Os especialistas também reforçam que todos os animais que se encontram no parque são livres e, em função do deslocamento entre as outras áreas de reservas, pode ocorrer de alguns exemplares não serem vistos pela população durante os horários de visita. "O parque florestal não é zoológico. Todos os animais que aqui vivem são livres e têm sua autonomia, independência. Nós temos um pequeno recinto que, às vezes, acontece de aparecer uma arara, um filhote que ainda não voa e fica ali em observação. Mas, jamais, a gente deixa animais presos aqui porque o foco não é esse. Às vezes a pessoa chega aqui e fala: ‘ah, eu queria tanto ver uma arara’, mas como temos sete reservas aqui no município elas migram todos os dias durante o dia, depois voltam para dormir aqui [no parque] e fazer o seu descanso”, citou Diel.

De acordo com a assessoria do município, o Parque Florestal de Sinop é aberto ao público de terça a domingo, das 8h às 17h. No local pode ser encontradas araras, macacos, tracajás, peixes, jacaré, entre outros bichos, nos mais de 43 hectares de área.

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