A semana que termina foi corrida para os políticos que buscam as articulações para o pleito de 7 de outubro, que vai eleger presidente, governadores, senadores e deputados. Isso porque, oficialmente, o Tribunal Superior Eleitoral já autoriza, a partir de hoje, as convenções partidárias, que são aquelas reuniões para escolher e anunciar quais serão os candidatos de cada partido e como serão feitas as alianças entre as siglas. Apesar da autorização, apenas o PSOL marcou para 5 de agosto, às 14h, a sua convenção. A data é o limite permitido pelo calendário eleitoral.
Grande parte das indefinições se deve às incertezas sobre as coligações. O Democratas, que tem como líder o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, esperava anunciar a sua chapa majoritária na semana passada, mas ainda não conseguiu formalizar todos os apoios e postergou o anúncio. Neste tempo, Mauro negociava com o MDB, que além de uma base eleitoral forte em Mato Grosso agrega em tempo de TV para a propaganda eleitoral. A união, nem confirmada nem desmentida, não envolveria cargos na majoritária e deixaria o Democratas livre para ter uma chapa com Mauro Mendes ao governo, Otaviano Pivetta (PDT) como vice, e Jayme Campos (DEM) e Carlos Fávaro (PSD) ao senado.
Na outra ponta, o governador Pedro Taques (PSDB) afirma que não se decidiu sobre a reeleição, mas faz campanha divulgando seus feitos políticos junto a funcionários públicos comissionados, e dá repetidas entrevistas criticando os adversários sem citar nomes. Nas articulações, ele conversa com o PSL, da ex-juíza Selma Arruda e, mesmo com uma resolução contrária da executiva nacional do partido de Bolsonaro, sonha em ter a ex-magistrada em sua chapa. O certo no ninho tucano é que o deputado Nilson Leitão deve concorrer ao senado.
O senador Wellington Fagundes tomou um duro baque esta semana com o embarque do MDB ao projeto de Mauro Mendes, mas disse que não tem nada a perder e que mantém a pré-candidatura. Mais discreto, ele não anuncia quem pode compor para as eleições.
O PSOL, que tem uma agenda de esquerda própria e não deve compor com ninguém, o que facilita a realização da convenção, que deve ser um ato formal para anunciar a candidatura do Procurador Mauro ao governo do Estado.