Ex-vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD) será o segundo candidato a senador na chapa do ex-prefeito Mauro Mendes (DEM), candidato ao governo do Estado. O convite deve ser aceito oficialmente após reunião da executiva nacional do PSD que será realizada na quinta-feira, em Brasília. Na oportunidade, a legenda presidida por Fávaro no Estado definirá quem vai apoiar na disputa presidencial deste ano.
Fávaro deve comunicar o presidente nacional do PSD, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, sobre o encaminhamento regional do partido.
Partiu de Mauro Mendes o convite para Fávaro compor seu grupo. O ex-vice já tinha, na época, o aval de Kassab para buscar a melhor aliança em Mato Grosso. Sendo assim, mesmo com o PSD definindo o apoio à pré-candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República, a aliança nacional não deve interferir nas articulações feitas no Estado. Quem garante é o próprio Fávaro, segundo quem, em ocasiões diferente, o PSD mato-grossense terá autonomia para definir em qual palanque subir.
O convite ao PSD também teve o aval de Jayme Campos (DEM), pré-candidato ao Senado já definido na chapa de Mendes. Entre os critérios que pesaram a favor de Fávaro está o tamanho do PSD no Estado e o tempo de propaganda eleitoral no rádio e televisão que a legenda proporcionará a seu grupo, cerca de 35 segundos.
Com apoio da maioria absoluta do diretório estadual do PSD, Fávaro não terá dificuldades em levar o partido ao palanque do ex-aliado do governador Pedro Taques (PSDB). Mesmo os deputados estaduais Gilmar Fabris, Nininho, Pedro Satélite e Wagner Ramos, que defendiam a reedição da aliança com o tucano, não estariam mais tão resistentes a uma coligação diferente.
O desafio do DEM, agora, é acomodar o PRB de Adilton Sachetti na aliança. O deputado federal já informou que não abre mão de disputar o Senado e recusou propostas para ser candidato a vice-governador. O parlamentar ainda não foi comunicado oficialmente da decisão dos democratas e tem cobrado uma definição conjunta para a escolha do segundo nome ao Senado na chapa.
Carlos Fávaro rompeu em definitivo com Taques no início de abril, quando renunciou ao cargo de vice-governador. Antes, a sigla já tinha declarado independência ao governo e entregado todos os cargos que tinha.
A cartada final veio com a carta intitulada ‘Porque não apoiamos a reeleição de Pedro Taques’, assinada por 33 ex-aliados do governador, incluindo o ex-vice.