A Inglaterra está de volta a uma semifinal de Copa do Mundo após 28 anos. Marcada por muitas frustrações de esquadrões com jogadores de renome, a humilde equipe inglesa, se comparada às anteriores, passou na manhã deste sábado pela Suécia, nas quartas de final do torneio, vencendo por 2 a 0. Os gols foram marcados pelo zagueiro Maguire e o meia Dele Alli.
Essa é apenas a terceira vez que a equipe avança para ficar entre os quatro primeiros do torneio, repetindo os feitos de 1966, quando foi campeã, e 1990, quando parou na campeã Alemanha na semifinal. Tudo isso com jogador que atuam no campeonato local e, tirando o centroavante Harry Kane, não são os grandes destaques dos seus times.
O time agora espera o vencedor do duelo entre Croácia e Rússia, na tarde deste sábado, para saber quem enfrentará na semifinal da competição. O encontro que definirá um finalista está marcado para a cidade de Moscou, na quarta-feira, às 15h (de Brasília), no estádio Luzhniki.
Inglaterra domina e perde chance de definir
A Inglaterra fez talvez o seu melhor primeiro tempo na Copa do Mundo diante dos suecos. Bem postada defensivamente, a equipe sofreu apenas um susto, quando Claesson arriscou de longe e mandou a bola por cima do gol de Pickford. Depois disso, o domínio foi total por parte dos britânicos.
O lance que começou a traduzir o domínio em oportunidades de gol veio quando Sterling brigou pela bola coma a defesa e acabou ajeitando para Kane. De fora da área, o camisa 9 chutou forte e mandou a bola à esquerda do gol de Olsen. Foi o primeiro chute do artilheiro da Copa que não terminou em gol.
Sem deixar os suecos saírem do seu campo de defesa, a Inglaterra não tardou a conseguir abrir o placar. E no melhor jeito inglês. Ashley Young cobrou escanteio na marca do pênalti e o impressionante jogo aéreo de Maguire voltou a dar suas caras: o zagueiro ganhou fácil de Forsberg e cabeceou sem chances para Olsen.
O gol bagunçou a até então organizada Suécia, que passou a dar mais espaço na sua defesa. Sterling saiu livre duas vezes nas costas da defesa. Impedido na primeira, ele foi bem na segunda ao dominar lançamento de Henderson, tentou driblar Olsen e foi desarmado parcialmente pelo arqueiro. Depois, teve a chance de rolar para Kane, mas buscou o lance individual e foi travado na hora do chute.
Pickford salva e time, enfim, decide
Depois das diversas oportunidades desperdiçadas na etapa inicial, a Inglaterra quase foi penalizada no primeiro minuto do segundo tempo. Após cruzamento da esquerda, Berg subiu mais alto do que Young e cabeceou forte, no canto, mas parou em grande defesa de Pickford.
Talvez “ligada” pelo susto, a Inglaterra não demorou a transformar seu domínio em uma vantagem maior. Depois de a bola ronda a área sueca, Henderson cruzou na segunda trave e três ingleses apareceram livres. Coube a Dele Alli, mais bem posicionado, testar para vencer Olsen e abrir 2 a 0.
Os ingleses pareceram relaxar com o segundo tento e quase foram surpreendidos com a jogada plasticamente mais bonita da partida. Claesson pedalou para cima da marcação e passou por Young. O meia, então, abriu para Toivonen, que cruzou rasteiro para Berg. O centroavante só rolou para Claesson, na marca do pênalti, chutar rasteiro e parar em outra ótima intervenção de Pickford.
Os suecos seguiram tentando ameaçar na base da pressão, mas não conseguiram construir outra chance daquela. Com o contra-ataque à disposição, Kane segurou bem a bola e distribuiu para Sterling e Lingard. Os companheiros, no entanto, não conseguiram consagrar a boa partida do centroavante.