O Atlético entrou em campo, na noite desta quinta-feira, para o duelo contra o América, no meio de uma crise. A vitória por 3 a 1, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, promete deixar a situação mais tranquila. O resultado deixou o alvinegro de Minas Gerais com 17 pontos, na 4ª colocação. Já o Coelho ficou na 11ª posição, com 13 tentos.
O Atlético não vencia há três jogos. Duas derrotas, para Flamengo e Sport, uma em casa e outra fora, além de um empate em casa com a Chapecoense. O duelo diante dos catarinenses, inclusive, foi a gota d’água: problemas em campo e nos bastidores, com Luan reclamando publicamente do treinador Thiago Larghi e diretoria reunida por horas ainda nos vestiários.
O confronto contra o América era a oportunidade para se livrar de tudo isso. E o Galo buscou logo resolver a situação. Tanto que nos primeiros minutos de jogo, o Atlético abriu o marcador. Pouco antes do fim do primeiro tempo, o Galo ampliou. O Coelho até ensaiou uma reação no segundo tempo, marcou um gol, porém, com o alvinegro nos contra-ataques, Tomas Andrade conseguiu dar tranquilidade.
Na próxima rodada, o Galo recebe o Fluminense, no domingo, no Independência, às 16h (de Brasília). O América vai até o Sul, enfrentar o Grêmio, no mesmo dia e horário.
Os minutos iniciais mostraram um Atlético querendo controlar o jogo. A equipe alvinegra trocava os passes, girava a redonda de um lado para o outro, e esperava a melhor oportunidade para sair. Adilson, Gustavo Blanco tinha mais a redonda com a resposabilidade de ligar a defesa ao ataque. Cazares e Luan aproximavam.
A marcação americana, no entanto, era muito bem feita. Não sobrava espaços. O Galo tentou por duas vezes seguidas, nos cinco primeiros minutos, lançar para Ricardo Oliveira, mas a bola parava na defesa americana. O Coelho, por sua vez, tentou em várias oportunidades chegar a meta do goleiro Victor.
O técnico Thiago Larghi percebeu as linhas defensivas do América e adiantou ainda mais os meias Cazares e Luan. O atacante Roger Guedes, inclusive, também voltou alguns metros. E assim saiu o primeiro gol atleticano.
Aos 11 minutos, Roger Guedes saiu jogando, encontrou Ricardo Oliveira e a bola foi parar em Gustavo Blanco. O volante viu bem Guedes, sozinho dentro da área. O avante colocou na cabeça de Oliveira que mandou para o fundo das redes. No lance, Donizete demorou a perceber a infiltração.
O gol deixou o Galo mais solto em campo. O América precisou intensificar sua situação no ataque. Isso deixou o Coelho mais próximo da meta de Victor – apesar de não ter criado nada tão claro -, porém, o Atlético tinha contra-ataques, boa parte não aproveitados. O alvinegro sempre tinha um erro no último passe.
Aos 39, o Galo ampliou. Em lançamento de Luan da direita para a esquerda. Cazares conseguiu fazer um belo domínio e enganou o goleiro Jori, pois, ao invés de cruzar, ele chutou. O arqueiro mandou a bola para dentro das redes.
No retorno para a etapa complementar, uma situação curiosa: o árbitro iniciou sem Roger Guedes e Ricardo Oliveira, ambos ainda nos vestiários. O técnico Thiago Larghi foi reclamar da situação e acabou expulso.
O treinador do Coelho, Enderson Moreira, percebeu que seu homem de frente não fazia tanta diferença na partida e colocou Ademir na vaga de Judivan. O time alviverde melhorou e passou a ficar mais no ataque. O Galo se defendia.
Aos 6, o América descontou. Serginho cobrou falta e Messias desviou para colocar dentro da meta alvinegra.
Mesmo depois do tento, o América seguiu agredindo o Atlético e deixando a defesa do Galo em situações complicadas. No entanto, após os 20 minutos essa situação começou a ser corrigida e pouco depois ficou completamente.
O Atlético conseguiu encaixar a marcação. O América passou a ficar mais no campo de ataque – se descuidando da defesa – algo que foi fundamental. Em contra-ataque muito rápido, aos 44, Roger Guedes colocou Tomas Andrade na cara do gol para dar números finais.