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Casos de microcefalia reduzem em Mato Grosso

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O Boletim Epidemiológico com a distribuição dos casos e a evolução das microcefalias e alterações do sistema nervoso central relacionadas ao zika vírus divulgado, ontem, pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), aponta uma redução significativa do número de casos em Mato Grosso.

As notificações do ano de 2015 foram concentradas no último trimestre correspondendo a 127 casos. Já de 2016 a 2017, houve uma redução de 225 casos notificados para 43, e nos primeiros cinco meses desse ano, foram registrados 9 casos suspeitos, segundo as definições do Protocolo de Vigilância para recém-nascido, natimorto, abortamento ou feto.

Do total de 404 notificações, 46,7% foram descartados, 27,9% estão em investigação, 19,5% foram confirmados e 4,7% prováveis casos com alterações congênitas relacionadas ao Zika vírus e outros agentes infecciosos conforme critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Os abortos espontâneos, óbitos fetais (morte ocorrida antes da sua completa expulsão ou extração do organismo materno), natimortos (feto que morreu no útero da mãe) e de recém-nascidos correspondem a 9,9%, o que corresponde a 40 casos, do total notificado, observando que a maioria ocorreu em 2015 e 2016 (36 casos), 3 casos em 2017, e 1 neste ano.

Os dados foram obtidos no sistema de informação criado pelo Ministério da Saúde durante a emergência em saúde pública em 2015, visando acompanhar alterações do Sistema Nervoso Central (SNC) nos recém-nascidos e crianças durante o surto ou epidemia de zika vírus. Atualmente a maioria destas crianças encontra-se em acompanhamento pela rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Dos 141 municípios, 69 já registraram casos, a maioria concentrados em Rondonópolis (113), Cuiabá (62), Cáceres (58) e em Várzea Grande (24), correspondendo a 63,61% dos casos, e os 36,39% restantes com distribuição dispersa nos demais municípios. Quatro casos foram considerados inconclusivos (0,99%), pois os municípios notificantes não encontraram a família (pais e criança) para realizar a investigação etiológica e concomitante acompanhamento.

A Secretaria de Estado de Saúde alerta que é importante que os municípios continuem a investigação conforme protocolo de orientações para classificação dos casos, contribuindo com a atualização das informações necessárias para o acompanhamento dos casos pela atenção à saúde.

Os casos notificados de zika vírus também estão caindo em Mato Grosso. Foram 26.443, em 2016, outros 2.616 em 2017; e 695 nos primeiros cinco meses deste ano, conforme dados extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net) na segunda-feira.

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