O delegado da 19ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Itaituba, no Pará (900 quilômetros de Sinop), João Milhomem, confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que um avião bimotor fez um pouso forçado no rio Jamanxim. O caso ocorreu na quarta-feira, mas a polícia só teve conhecimento, hoje de manhã.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o avião foi localizado por pescadores que procuraram à delegacia para saber se o piloto tinha procurado ajuda. A PM começou a fazer buscas e o encontraram no distrito de Moraes de Almeida, em Itaituba. Aos policiais o piloto disse que estava indo para Apuí, no Amazonas, levando dois homens como passageiros.
O piloto relatou que, durante a viagem, os dois teriam tido uma discussão. Um deles estaria armado e teria atirado no outro que morreu na hora. Em seguida, o assassino teria colocado a arma sobre um assento e aberto a porta lateral para jogar o corpo fora do avião, em pleno voo. O piloto alega que, com medo de morrer, pegou a arma e deu dois tiros no atirador que também morreu. Em seguida, ainda segundo versão do piloto, teria se levantando e também jogado o corpo para fora da aeronave. Foi neste momento, que teria perdido o controle do avião, mesmo assim conseguiu fazer o pouso forçado no rio. Ao ser revistado, o piloto portava munições em seus bolsos. Por esse motivo, foi autuado em flagrante pelo crime de porte ilegal de munição.
Segundo o delegado Vicente Gomes, titular da Polícia Civil em Itaituba, policiais militares já estiveram no local onde está o avião, mas ainda não foi possível confirmar a versão do piloto, pois não foi localizado qualquer corpo até o momento. “No avião, existem vestígios de sangue, porém, não se sabe de quem. Nem arma de fogo foi localizada. Apenas munição com o piloto”, explicou o policial civil.
Para apurar os fatos, será preciso resgatar a aeronave do rio. Agentes da Polícia Federal estão na região de Jardim de Ouro auxiliando as investigações. O piloto continua prestando depoimento.
A assessoria da Força Aérea Brasileira informou que por haver suspeita de crime, inicialmente, não vai investigar a queda.
(Atualizada às 16h48)