A prefeitura deve fazer alterações no valor do auxílio-alimentação pago aos servidores públicos municipais nos próximos dias. O Diário Oficial de hoje traz a nomeação de uma comissão especial para avaliar uma proposta de aumento, que é composta por representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) e das secretarias de orçamentárias da prefeitura.
O presidente do Sindicato dos Servidores, Adriano Perotti, explicou ao Só Notícias que, na verdade, não há uma proposta formalizada e que a intenção da comissão é avaliar o impacto que o aumento no auxílio pode causar nas contas da prefeitura. Atualmente, o vale-alimentação é de R$ 165 e a intenção de Perotti é chegar a pelo menos R$ 400, como era pretendido nas negociações de dezembro, quando foi concedido um reajuste de R$ 15 para chegar ao valor atual.
Como argumento, o sindicato vai utilizar o resultado contábil da prefeitura no primeiro quadrimestre, que apontou um superávit de R$ 35 milhões nas contas municipais. “O superávit vai, com certeza, ser usado como argumento. Se tem esse superávit, não tem porque não conceder o aumento. Este reajuste não impacta no limite prudencial, porque não entra nos gastos com folha de pagamento, então, basta ter orçamento no caixa, pois não tem impedimento legal”, declarou.
Segundo Perotti, o aumento é necessário para repor perdas ao longo dos anos. Em 2018, a prefeitura concedeu reposição salarial de 1,95% em concordância com o índice de inflação divulgado pelo governo federal. “Não sei de onde o governo tirou este número. Tudo subiu muito mais do que isso”, reclamou.
A intenção do sindicato é terminar os trabalhos em 30 dias.