A morte da criança, de quatro meses, em junho do ano passado, na escola municipal Laura Vicunã, em Alta Floresta, continua sendo investigada pelo Ministério Público Estadual. Há poucos dias, a promotora Carina Sfredo Dalmolin determinou a conversão do procedimento preparatório em um inquérito civil, para apurar o caso.
A mãe do garotinho já prestou depoimento à promotoria. "A moça da escola que acompanhou ele até o hospital me disse que colocaram todas as crianças, depois de mamar, para dormir, e que estavam no horário do sono, tudo fechado a salinha. Aí as crianças foram acordando no horário habitual, e perceberam que ele não acordava. Aí foram verificar, ele estava numa posição diferente, perceberam que estava roxo, gelado já. Aí que foram pedir socorro. O socorrista disse que ele chegou sem sinal nenhum, praticamente declarado morto", relata a mãe da vítima.
O médico que prestou atendimento confirmou que a criança chegou com parada cardiorrespiratória. "A gente já foi reanimando e fez a entubação. Na hora do procedimento, saiu leite pelo tubo, das vias aéreas. A gente entende que ele bronco aspirou. Ela (cuidadora) falou que estava cuidando, não sei se saiu, mas disse que foi questão de pouco tempo, que foi rapidinho ela já percebeu isso", consta em trecho do depoimento.
A promotora determinou a expedição de um ofício à escola municipal, com prazo de 15 dias para resposta. Ela quer que a direção apresente informações sobre o caso. Também mandou notificar a delegacia de Polícia Civil, para saber o andamento das investigações.
A criança morreu no hospital regional.