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Três são condenados em júri popular por homicídio e furto de gado no Nortão

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Três pessoas foram condenadas, ontem, em júri popular, por homicídio, furto de gado e associação criminosa em Terra Nova do Norte (165 quilômetros de Sinop). Felipe de Abreu, 40 anos, foi condenado pelo homicídio de Arlindo Batista de Oliveira, ocorrido na zona rural do município, em dezembro de 2006.  Felipe deverá ficar preso por 11 anos e seis meses. Apesar de determinar o cumprimento inicial da pena em regime fechado, o magistrado deu a ele o direito de recorrer em liberdade, uma vez que já está solto.

Os jurados entenderam ainda que o advogado José Everaldo de Souza Macedo, 48 anos, foi culpado de se envolver em associação criminosa e furto qualificado de gado na região. O irmão dele, Clodomir de Souza Macedo, 50 anos, foi sentenciado apenas por associação criminosa. José Everaldo foi sentenciado a quatro anos e um mês de cadeia. Ele deverá começar a cumprir a pena no regime semi-aberto. Clodomir foi condenado a um ano e nove meses de reclusão. O regime inicial de cumprimento da sentença será aberto.

As penas foram fixadas pelo juiz Jean Paulo Leão Rufino. Segundo a denúncia do Ministério Público, a quadrilha era formada por várias pessoas. O objetivo era furtar gado na região de Terra Nova do Norte. Apenas três foram julgados, nesta segunda-feira, uma vez que parte dos processos foi desmembrada. Conforme o MP, entre novembro e dezembro de 2006, os denunciados "resolveram subtrair gado da vítima José Vicente Hartmann".

De acordo com a denúncia, Felipe foi até Peixoto de Azevedo, onde contratou cinco caminhões boiadeiros para realizar o transporte das cabeças de gado. Em seguida, foi até a residência de José Everaldo e, após receber orientações, seguiu em direção à fazenda da vítima.

Felipe e mais três homens teriam ido até o local e furtado 80 cabeças de gado, que foram colocadas em quatro caminhões boiadeiros e transportados para a chácara de Arlindo, na 7ª Agrovila. Segundo o Ministério Público, Clodomir e outros dois homens permaneceram armados na porteira da propriedade rural, enquanto outro manteve o funcionário da fazenda na zona urbana do município.

O homicídio, narra a denúncia, ocorreu entre os dias 27 e 28 de dezembro, na 7ª Agrovila. Para o MP, Felipe utilizou a arma de fogo de Arlindo para matá-lo com dois tiros. O assassinato teria como objetivo "assegurar a impunidade dos outros dois delitos denunciados (formação de quadrilha e furto), posto que a vítima figurava como provável receptadora do gado furtado".

Os três condenados pela justiça ainda podem recorrer da decisão.

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