A decisão dos desembargadores da Terceira Câmara Criminal foi por manter as penas restritivas de liberdade para todos os envolvidos no latrocínio do empresário Paulo Yugi Terão, 45 anos. A quadrilha apontada como responsável pela morte da vítima foi condenada em maio do ano passado, pela juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim. Paulo teve a caminhonete roubada e foi morto, em seguida. O crime ocorreu em junho de 2015.
As defesas de alguns dos condenados pelo latrocínio entraram com recursos pedindo, entre outras coisas, absolvição. O advogado de Jeferson Lana, condenado a 23 anos e 6 meses de reclusão, alegou “anemia probatória” quanto a participação do cliente no crime. Já a defesa de Douglas Fernando Pereira Mairesse, sentenciado a 26 anos de reclusão, garantiu que ele não participou do latrocínio.
A argumentação foi baseada no depoimento de Ericky Fernandes Luiz Silva, outro envolvido (condenado a 22 anos e seis meses de prisão), que teria confirmado que Douglas não se envolveu no crime. Segundo o advogado, “a sentença se contradiz, ora apontando o apelante como executor do fato, ora como mandante”.
A defensoria pública também ingressou com recursos. Segundo a tese defensiva, Valdomiro Antônio Krasucki, condenado a 29 anos e seis meses de prisão, não participou do latrocínio. A argumentação também teve por base o depoimento de Erick. O defensor também pediu a absolvição de Altemir Tavares da Silva, sentenciado a 20 anos de cadeia, e afirmou que os depoimentos dos policiais ouvidos estava "eivados de parcialidade e suspeição, na medida em que o intento é de ratificar a atuação que culminou com as condenações de ambos os apelantes”.
Já a defesa de Ericky pediu a desclassificação do crime de latrocínio para o de roubo majorado pelo concurso de agentes e emprego de arma. A justificativa é que “as causas da morte da vítima não se relacionam com a ação delitiva perpetrada pelo apelante, visto que fora ela mesma quem se atirou para fora do veículo em movimento e não porque fora arremessada”.
Os argumentos não foram aceitos pelos magistrados. De todos os pedidos, apenas foi afastada a agravante de reincidência de Douglas. Os desembargadores também reduziram proporcionalmente as penas pecuniárias dos envolvidos. Todos continuam presos e cumprem as sentenças em regime fechado.
Conforme Só Notícias já informou, o crime brutal ocorreu quando o empresário foi dominado ao chegar em sua residência, no bairro Setor Industrial. Um dos envolvidos assumiu a direção e levou Terão junto. O corpo de Paulinho, como era popularmente conhecido, foi encontrado às margens da BR-163, nas proximidades do posto da PRF em Sorriso. Ele apresentava um afundamento de crânio. A caminhonete tinha rastreador e acabou sendo abandonada em Lucas do Rio Verde.