Os desembargadores da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça acataram o pedido da defesa e diminuíram a pena de José Floriano da Silva, 50 anos, condenado por matar a ex-mulher Maria Juraci Bernardina do Nascimento, 37 anos. A vítima, que trabalhava como vendedora, foi morta a facadas em Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop), em novembro de 2016.
Submetido a júri popular, José Floriano foi condenado e recebeu a pena de 16 anos de prisão em regime fechado. No entanto, recorreu, alegando que a pena base imposta pelo juiz de primeiro grau foi "exacerbada" (exagerada). Ele ainda afirmou que a Justiça não reconheceu a atenuante da confissão espontânea do crime.
Os argumentos foram aceitos pelos desembargadores, que acataram o recurso parcialmente e readequaram a pena para 14 anos de prisão.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), José invadiu a casa onde Maria estava morando, com uma amiga, e a "abordou pelas costas, de surpresa, desferindo-lhe um golpe fatal que a atingiu na região do pescoço, não permitindo que ela pudesse esboçar qualquer reação de defesa". A promotora Daniele Crema da Rocha destacou, na época, que a vendedora já havia sido ameaçada e agredida anteriormente pelo ex-companheiro, tendo solicitado, inclusive, medidas protetivas.
José foi preso pela Polícia Militar dois dias depois e confessou o crime, alegando ciúmes. Ele e Maria tinham quatro filhos e estavam separados há cinco anos. A vítima faleceu no Pronto Socorro de Peixoto de Azevedo.