Com a paralisação dos caminhoneiros, que durou 10 dias em Mato Grosso, sem transportes de cargas, várias empresas como postos de combustíveis e revendedoras de gás ficaram sem produtos e, consequentemente, sem vendas e receitas. A proprietária de uma empresa localizada na avenida dos Jequitibás, Lilian Cristine Pilette, informou, ao Só Notícias, que vende cerca de 50 botijões por dia a R$ 100 cada e, mesmo sem o produto, teve que manter funcionários. “Ficamos sem ter o produto para vender, sem faturamento e com os gastos diários de uma empresa correndo. Agora estamos fazendo as contas, somando a despesa mensal e os dias que ficamos parados. Só assim vamos saber o prejuízo final”.
Além do prejuízo financeiro a empresária destacou ainda o efeito social enfrentado por seus clientes. “Porém, o maior prejuízo quem está arcando é a sociedade sinopense. Entregamos gás para muitos bairros com moradores de baixa renda. Na maioria deles, a recarga já acabou e são pessoas que não tem dinheiro para ir ao restaurante buscar uma marmita ou ir a loja comprar uma panela elétrica e acabam tendo que improvisar de qualquer jeito para cozinhar”, lamentou.
Mais 10 revendedoras pesquisadas por Só Notícias, também ficaram abertas apenas para atender os telefones. Outras três fecharam as portas esperando novo carregamento.
O impacto nos postos de combustíveis também foi semelhante. Sinop tem 27 e 95% deles ficaram sem etanol e gasolina para vender por mais de 5 dias. Ontem ainda havia filas em alguns postos de clientes abastecendo.
O manifesto com bloqueio de cargas, exibindo do governo queda no preço do diesel, tabela de fretes e outros pontos, também teve impactos em outros setores. Mutas lojas de materiais de construção ficaram vários dias sem vender cimento. Com estoque limitado e carretas nas longas filas em Mato Grosso, o produto acabou em várias lojas. Só entre as últimas quinta e sexta-feiras é que receberam as cargas que esperadas na semana anterior. Não há um levantamento do prejuízo.
Supermercados também deixaram de vender quantidade considerável de hortifruti e frutas que vem de outros Estados, por exemplo, e também ficaram retidos nas filas.