O diretor Metropolitano de Medicina Legal, João Marcos Rondon, e a delegada Alana Cardoso, apresentaram, ontem à tarde, laudo pericial da Politec apontando que Edileia Daniele Ferreira Lira morreu devido a choque hipovolêmico hemorrágico ocasionado pela lipoaspiração, em maio passado, após ser submetida a uma cirurgia plástica no Hospital Militar, em Cuiabá. Ela teve quadro de parada cardiorrespiratória e foi transferida do Hospital Militar (que não possui unidade de terapia intensiva) para um leito de UTI em outro hospital, onde permaneceu internada e morreu no dia 13.
As análises periciais levaram em consideração os exames de necropsia histopatológico (análise dos órgãos e tecidos), além de cópias dos prontuários médicos do hospital em que a vítima realizou a cirurgia e para onde foi encaminhada após as complicações.
Conforme explicou o Diretor do IML, a morte ocorreu devido à perda abrupta de hemoglobina ocasionada pela hemorragia durante a retirada de gordura inerente ao procedimento de lipoaspiração, levando a taxas laboratoriais incompatíveis com a vida humana. “A função da perícia médico-legal é estabelecer subsídios para deixar bem claro no Inquérito Policial uma sequência de fatos que estipulam uma lógica sobre o que houve com a suposta vítima desde o momento em que ela entrou no hospital até o momento em que ela foi pro IML’’, explicou Rondon.
A partir do recebimento do Laudo Pericial, a delegada Alana Cardoso inicia investigações para a identificação dos autores responsáveis pela cirurgia. “O laudo é o nosso marco para a responsabilização no campo criminal. Com ele temos definida a fixação de responsabilidade por parte equipe médica. O trabalho da Polícia Civil agora é identificar a extensão da responsabilidade criminal”, disse.
A informação é do Gabinete de Comunicação.