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Preso ex-diretor de cooperativa acusado de desviar mais de R$ 23 milhões usando empresas de fachada em Tangará e Sinop

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A Polícia Judiciária Civil de Campo Novo dos Parecis (396 km a Noroeste) deflagrou, hoje, a segunda fase da operação que investiga desvios milionários em uma cooperativa de produtores de álcool e cana-de-açúcar do município. O ex-diretor financeiro da entidade foi preso em cumprimento a mandado de prisão preventiva. A polícia informa que, em curto período de tempo, são esperadas novas prisões vinculadas ao grupo liderado pelo ex-diretor.

A primeira fase da operação que apurou desvio de R$ 23 milhões da cooperativa foi deflagrada em julho de 2017 quando a 2ª Vara da Comarca de Campo Novo do Parecis)l autorizou   bloqueio dos bens de Nivaldo Francisco Rodrigues, apontado como líder do esquema. Á época dos fatos o suspeito passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

“Em continuidade aos trabalhos investigativos verificou-se que Nivaldo havia movimentado entre o final de 2017 e começo de 2018 cerca de R$ 1 milhão – ato a que estava expressamente proibido por determinação judicial e motivou nova prisão do investigado que foi cumprida em sua residência, esta manhã”, informa a assessoria da Polícia Civil.
 
De acordo com o delegado Adil Pinheiro de Paula, os desvios na cooperativa podem ser bem maiores aos R$ 23 milhões orçados inicialmente. “Além do acréscimo de valores, a investigação avança com a identificação de outros integrantes da organização criminosa que usava notas fiscais de empresas de fachada em Mato Grosso (originadas na região de fronteira, em Tangará, Sinop) e outros Estados como Goiás, São Paulo e Minas Gerais para realizar os desvios como se o serviço tivesse sido prestado. São empresas que forneciam notas fiscais 'frias' e auxiliavam na lavagem de dinheiro”, explica o delegado.

Um mês após o  desligamento de Nivaldo, ocorrido maio de 2017, ainda houve uma tentativa de desvio da cooperativa, quando o suspeito ligou para empresa solicitando que fosse realizado um pagamento de R$ 467 mil em favor de terceiro.

A cooperativa vítima tem 46 cooperados, divididos em 19 famílias, sendo quase a totalidade dessas famílias residentes Campo Novo do Parecis e constituiem parte importante dos geradores de renda e emprego em Campo Novo.

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