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Silval diz em depoimento que não teve propina na licitação do VLT mas que ocorreu na 2ª etapa

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O ex-governador Silval Barbosa negou, durante depoimento no processo em que responde por danos morais coletivo, que o processo de licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) tenha tido qualquer tipo de irregularidades. As obras não estão prontas até hoje e o governo já gastou milhões em projetos e parte das obras que deveriam ficar prontas para a Copa de 2014. Silval explica que o pedido de propina era a segunda etapa. "Até a licitação a determinação era de transparência, de não ter nenhum favorecimento para nenhuma empresa". "Nunca pedi para um secretário meu ou determinei para um secretário meu, abordar qualquer empresa que participou de licitação no Estado, que foram várias licitações para pedir vantagem", defende-se Silval. "Porque independente do que ocorreu, e que ocorreu, que está na minha colaboração, tudo era após o processo e depois do contrato".

O atual governo rompeu, em definitivo, o contrato com o consórcio de empreiteiras, em agosto do ano passado, depois da Operação Descarrilho da Policia Federal, que investiga fraudes na licitação, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes que teriam ocorridos durante a escolha do modal VLT.

Silval relatou ao Ministério Público Federal que houve acordo com a empresa CR Almeida – membro do Consórcio VL – para obter “retorno”, ou seja, propina no montante de R$ 18 milhões com a construção do Veículo Leve sobre Trilhos que corresponderia a 3% dos R$ 600 milhões que o Estado pagaria pela obra, à época em que houve a contratação. O desvio tinha como objetivo pagar dívida remanescente da campanha eleitoral de 2010. Consta nos autos que o desvio de R$ 18 milhões ocorreu por meio da subcontratação da empresa Cohabita Construções Ltda com o objetivo de simular uma prestação e serviços e disfarçar a propina.

Aos procuradores do MPF, Silval Barbosa contou que após a homologação do processo licitatório em que o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande saiu vencedor, pediu que o então secretário extraordinário da Copa Maurício Guimarães procurasse os executivos das empresas que compõem o concórcio para conversar sobre pagamento de propina que seria usada para saldar dívida de campanha junto ao Banco Rural.

Já o Consórcio VLT diz que vem colaborando com as investigações e se encontra à disposição da Justiça e autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos, além de manter o interesse em concluir a obra e contribuir "para que acordo pela retomada das obras possa ser firmado e homologado, com a efetiva conclusão e entrega do VLT para uso da comunidade de Cuiabá e Várzea Grande".

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