Tem momentos em nossas vidas que pensamos em parar tudo. Geralmente, nesses instantes de pouca lucidez, sentimos necessidade de contestar e tentar promover mudanças em tudo que entendemos estar errado. Entretanto, após pequenos lances de reflexões, deixamos de lado o instinto renovador e sentado no alto da razão, passamos a entender que nada podemos mudar, senão a nós mesmos.
Muitos ao invés de espalhar sementes de felicidades, seguem em busca de espaços imaginários, subindo montanhas, somando distancias, cansando e até parar nos cruzamentos da vida, buscando aí sim, mirar a singularidade de uma chama quase apagada de um ser sem rumo, que esqueceu as partes mais significativas da vida, que são: encontrar-se; entender-se e desfrutar simplesmente o prazer de amar e ser amado. As tribos urbanas escravizadas pela força das ações motivadoras da sociedade consumista estão transformando hábitos em vícios, investindo erradamente em alegrias artificiais, que para muitos podem transformar numa viagem sem volta, e que muitas vezes pode custar a própria vida, pelo simples fatos optar pelas escolhas erradas.
Até um dia entender que todos os prazeres exteriores são transitórios, porque a vida é uma soma de pequenas felicidades espalhadas nas conquistas do cotidiano, e que nos são repassadas através das pessoas que estão costumeiramente ao nosso lado, nos amparando nas pequenas quedas ou comemorando a nossa existência e que nos passa aquela sensação de cumplicidade em todas as situações da nossa vida, sejam elas de vitórias ou não, ações verdadeiramente de afeições, e que se tornam incomensuráveis nos dias atuais, onde a regra neste mundo competitivo, é cada uma por si e Deus por todos.
A passagem pela vida é muito curta para aqueles que sabem utilizar cada minutinho da sua vida e muito longa para aqueles que perderam o prazer de conquista e de relacionamentos, pois a brevidade da vida deveria nos fazer buscar mais a sabedoria e dar um sentido mais rico à existência, não deixando o dia passar por passar.
Wilson Carlos Fuáh – Economista – Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
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