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Propina para evitar CPI

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O Ministério Público Estadual divulgou o depoimento aos promotores do GAECO, do empresário Jose Henrique Ferreira Gonçalves, da EIG Mercados (antiga FDL Serviços) apontada como o pivô do suposto esquema de propinas no Detran de Mato Grosso e fez outras revelações de supostos pagamentos de propinas, investigados na Operação Bereré/Bônus. Zé Henrique, como é chamado, afirmou que pagou propina para o empresário Roque Anildo Reinheimer, que alegava ser destinado para que a Assembleia Legislativa não abrisse uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e investigasse o contrato da empresa com o Detran, que é investigado como 'fonte' das propinas que seriam pagas para deputados e outros investigados. Ele não citou nomes de deputados que supostamente receberiam a propina para evitar a CPI. Ele revelou que o empresário Roque Anildo Reinheimer lhe disse que tinha treze deputados "em sua mão" e lhe entregou um dossiê denominado CPI Detran, que Roque dizia que "essa CPI estaria para ser aberta, e que era a última chance para que não fosse aberta, dizendo que queria um percentual da empresa FDL/EIG". Ele diz que Roque exigiu R$ 50 mil por mês para a CPI não ir para frente. Ze Henrique  diz ter cedido a pressão e pago valor mensal e que uma parcela que seria no último dia 15 de março desse ano não foi paga.

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