Estudo realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indica que em 2017 a cadeia produtiva da soja terá contribuído com 24,2% da arrecadação anual total de Mato Grosso. Os dados apontam que o setor vai gerar aos cofres estaduais mais de R$ 3,03 bilhões neste ano.
Para chegar a esses números, o Imea partiu da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017, calculando os reflexos diretos, indiretos e induzidos da soja sobre o caixa estadual. Esse valor refere-se ao recolhimento direto e indireto de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).
Os números do Imea foram levantados a partir da contribuição de vários elos da cadeia produtiva da soja, como a produção de farelo de soja, óleo de soja, frete em diesel, salários, energia e maquinários usados na atividade produtiva do grão. “São os números mais atualizados do impacto do setor na composição da arrecadação mato-grossense”, observa o diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Wellington Andrade.
As receitas obtidas com a soja em grão têm maior impacto na arrecadação: correspondem a R$ 1,28 bilhão, ou 42% do total recolhido. Em relação ao montante geral de ICMS a ser recolhido pelo Governo do Estado, a soja responde por 19%, enquanto em relação ao Fethab a participação é de 69,2%.
Empregos – Além da arrecadação fiscal, outro setor que tem sido influenciado positivamente pelo agronegócio em Mato Grosso é o de empregos formais. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de maio deste ano apontam que o setor se mantém como o que mais contribui para o saldo positivo de contratações. O saldo dos últimos 12 meses é de 3.532 empregos gerados, contra o saldo negativo de 9.903 baixas acumulado no mesmo período no cenário estadual. “Somente a agropecuária respondeu por 20,2% das contratações geradas em Mato Grosso no mês de maio de 2017”, observa o gerente de Política Agrícola da Aprosoja, Frederico Azevedo.
Mato Grosso também se destaca em âmbito nacional. Ocupa o terceiro lugar no ranking de estados que mais contratam e é o segundo com maior saldo entre admissões e demissões. “Sinal de que, proporcionalmente, demitimos menos que a média nacional e setorial”, avalia Azevedo.