No início da tarde desta sexta-feira, o mercado internacional da soja passou a trabalhar com bastante estabilidade, testando os dois lados da tabela com oscilações bastante tímidas. Os futuros da oleaginosa, por volta de 12h55 (horário de Brasília) subiam 0,25 ponto no julho e no setembro, enquanto o agosto e o novembro não apresentavam variações.
O momento é de mercado climático e, consequentemente, de intensa especulação, o que faz os traders se ajustarem e adotarem posturas mais cautelosas antes do fim de semana à espera de novas previsões climáticas e condições no Meio-Oeste americano.
“Em mercado climático, os investidores costumam posicionar suas carteiras para absorver possíveis surpresas na calada do fim de semana. As tensões dos dias sem mercado ficam reservadas para a segunda-feira”, explica o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter. Lembrando que na próxima segunda (19), o USDA traz um novo reporte semanal de acompanhamento de safras atualizando seu índice de condição das lavouras.
O NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, trouxe uma atualização de suas previsões de longo prazo indicando, para julho, temperaturas acima do normal no Meio-Oeste, enquanto as chuvas deverão ficar dentro da normalidade. Já entre julho e setembro, as temeperaturas na região devem seguir acima da média e as precipitações ficando dentro do esperado para esta época do ano. Nas Dakotas – estados onde o clima chama bastante atenção este ano – a umidade deve ficar acima do normal.
Os traders seguem acompanhando ainda a demanda – com uma nova semana de bons números das vendas semanais para exportação reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a conclusão da safra na Argentina – com a colheita em 95% da área, segundo informa o Ministério da Agricultura local, a movimentação dos fundos e do mercado financeiro.