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Soja: preços no Brasil fecham 4ª feira sem direção comum

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A quarta-feira foi um dia de movimentações limitadas para os preços da soja tanto no mercado interno, quanto na Bolsa de Chicago. No internacional, os futuros da commodity fecharam o dia perdendo entre 0,25 e 0,50 somente nos vencimentos setembro e novembro, os quais ficaram em, respectivamente, US$ 9,47 e US$ 9,48 por bushel. Os contratos julho e agosto fecharam estáveis e com US$ 9,48 e US$ 9,50.

O dólar, que começou o dia operando em campo negativo, voltou a subir e fechou com alta de 0,39% e valendo R$ 3,2791. Na máxima do dia, bateu em R$ 3,2833. “A insegurança gerada por um ambiente político conturbado… e manifestações agressivas nas ruas fazem com que os investidores busquem ativos mais seguros”, comentou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello à agência de notícias Reuters.

Com esse ambiente para a formação dos preços, as referências que apresentaram alterações entre as praças de comercialização no interior do país não seguiram uma direção comum. Enquanto Jataí, em Goiás, somou um ganho de 1,39% para R$ 54,75 por saca, ou Alto Garças, em Mato Grosso, de 1,69% para R$ 60, Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, perdeu 0,85% para R$ 58,50, e Ponta Grossa, no Paraná, 1,49% para R$ 66.

Nos portos, a estabilidade pôde ser observada em Paranaguá. A soja disponível fechou o dia com os mesmos R$ 70,50 por saca, e a safra nova com R$ 73. Já no terminal de Rio Grande, R$ 70 no disponível, estável, e alta de 0,71% para R$ 73,50 no mercado futuro.

A turbulência política observada no Brasil segue no radar dos traders e, consequentemente, dos produtores brasileiros, que vêem no câmbio a possibilidade de novas oportunidades de vendas. Ao mesmo tempo, porém, já surgem as preocupações com um aumento do dólar impactando diretamente os custos de produção da nova safra nacional.

“O cenário do produtor agora traz preocupação para a safra que será plantada a partir de setembro. Para o Sul de Mato Grosso, a troca é de 38 sacas por hectare, significa dizer que, em comparação com anos anteriores, o valor – que era de 23 a 25 sacas – estourou. Então, o produtor terá que cuidar do rendimento para se defender de um momento de exagero no custo do plantio para a safra 2017/18”, explica o analista de mercado Mario Mariano, da Novo Rumo Corretora.

Assim, para os volumes de soja que ainda há para ser comercializados pelos produtores brasileiros, a estratégia é seguir com o escalonamento das vendas. “Vendendo o mínimo possível, administrando o máximo possível dos seus custos para poder sobreviver à próxima safra”, orienta Mariano.

Além disso, o produtor deverá ainda sofrer com problemas de armazenagem no Brasil, uma vez que, além dos altos estoques que ainda são retidos, começam a chegar – em alguns pontos do Brasil – os primeiros volumes de milho safrinha que já começam a ser colhidos.

Bolsa de Chicago

Em Chicago, a pouca movimentação das cotações, ainda segundo o analista é um reflexo de o mercado já ter precificadas todas as últimas notícias e se posicionar à espera das próximas informações, principalmente sobre a nova safra americana.

Ainda assim, “o clima úmido no Meio-Oeste e as investigações na cena política do Brasil e em Washington continuam a ser acompanhadas”, explica Bob Burgdorfer, analista de mercado do portal internacional Farm Futures.

A nova safra de grãos dos Estados Unidos tem trazidos algumas divergências em função do clima este ano. Enquanto o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) segue divulgando bons números sobre o avanço do plantio no Corn Belt – a soja já tem 53% da área semeada, os produtores seguem relatando problemas sérios em função do excesso de chuvas.

Além do tempo ainda muito úmido, as baixas temperaturas que vêm sendo registradas no Meio-Oeste dificultam que os solos fiquem um pouco mais secos. E há situações bem diferentes até mesmo dentro de um mesmo estado.

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