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Maggi se manifesta sobre nova operação da PF

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Em viagem ao Oriente Médio, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, se manifestou sobre as operações da Polícia Federal realizadas nesta terça-feira (16), afirmando que servidores envolvidos em irregularidades serão afastados. “Estou acompanhando e tomando pé da Operação Lucas. Já estamos tomando as providências. Os envolvidos serão afastados imediatamente das funções e serão alvo de uma auditoria que poderá terminar com a exoneração dos cargos públicos. O ministério acompanha e dá todo suporte à PF nas operações”.

A operação Lucas foi deflagrada, ontem, pela Polícia Federal para investigar crimes de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento e empresas fiscalizadas. A investigação começou após denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios fiscalizadas teriam sido favorecidas em processos administrativos, por meio do retardamento na tramitação e anulação de multas.

Para Maggi, novos casos, semelhantes aos descobertos durante a Operação Carne Fraca, já eram esperados. “Já sabíamos que outros casos viriam à tona, uma vez que, após a Operação Carne Fraca, aumentamos o rigor nas apurações internas, fornecendo inclusive material de apoio à PF e MP. Temos total interesse em extirpar do corpo de funcionários do Mapa, os servidores que mancham a imagem do órgão, não honram o compromisso de trabalhar pelo bem público e servir à sociedade. Por outro lado, tem muita gente trabalhando para mudar a situação e a imagem”, afirmou, via rede social.

Durante a operação Lucas, cerca de 120 policiais federais cumpriram 62 mandados judiciais, sendo 10 prisões temporárias, 16 mandados de condução coercitiva e 36 mandados de busca e apreensão nos estados de Tocantins, Pará, São Paulo e Pernambuco, além do bloqueio de contas bancárias e indisponibilidade de bens móveis e imóveis nos valores de R$ 2,2 milhões.

A PF apurou, por meio de quebras de sigilos fiscal e bancário, que a Chefe de Fiscalização do MAPA, à época dos fatos, recebia de empresas fiscalizadas valores mensais para custear despesas familiares. Apenas em sua conta pessoal a investigação identificou a diferença de mais de 200% do declarado em seu imposto de renda. Também foi detectado que o esquema criminoso movimentou cerca de R$ 3 milhões, entre os anos de 2010 a 2016.

As pessoas investigadas, na medida de suas participações, poderão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, cujas penas podem chegar a 12 anos de reclusão. O nome da operação faz referência à passagem Bíblica do livro de Lucas.

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