O vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) de Mato Grosso, Elso Pozzobon, avaliou que o apoio do governo aos milhocultores, por meio dos contratos de opção de venda (COV) e subvenção ao mercado (Pepro), é apenas um paliativo. “Estamos dependentes de um auxílio do governo federal, através dos preços mínimos. Isso é um paliativo e ameniza um pouquinho o problema do produtor, mas o acesso não é para todos”, afirmou ao Só Notícias/Agronotícias.
Para Elso, o ideal seria uma reação natural aos preços do milho. Atualmente, os preços estão em queda no Estado, conforme informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em Sorriso, a saca é cotada a R$ 17,10, com variação mensal negativa de 11,1%. “Sabemos que produzimos bem acima do que consumimos internamente. Então, dependemos da exportação e aí não tem como influenciar a Bolsa de Chicago, onde os preços estão bem achatados”, resumiu Pozzobon.
Na última quinta-feira (4), produtores de Mato Grosso arremataram 7,4 mil Contratos de Opção que dão direito à venda futura de 199,8 mil toneladas de milho das safras 2016/17 e 2017 para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os adquirentes têm agora até o dia 11 de setembro para confirmar se exercerão o direito de venda do produto a um valor de R$ 17,87 a saca de 60 kg.
Além deste leilão, a Conab realizou outras duas operações de apoio à comercialização do milho produzido no Mato Grosso. Foi ofertado Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) para venda e escoamento de 200 mil t e foi negociado um total de prêmio correspondente a 164,1 mil t. O terceiro leilão do dia ofertou Prêmio para o Escoamento (PEP) também para 200 mil toneladas de milho e comercializou o correspondente a 19,2 mil t.
No dia 11 de maio, serão leiloadas mais 500 mil toneladas de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), 300 mil toneladas de Prêmio de Escoamento (PEP) e 7.400 Contratos de Opção de Venda de Milho em Grãos.