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Com a colheita da soja em andamento, a situação em Campo Novo do Parecis, no oeste de Mato Grosso, não é muito otimista. De acordo com Giovana Velke, presidente do Sindicato Rural do município, a colheita está atrasada – restam ainda 20% e as perdas são, a cada dia, maiores.
Os principais problemas são encontrados na classificação e na qualidade da soja colhida. “Não tem mais soja padrão no município”, diz Velke. O excesso de chuvas e os grandes atoleiros gerados nas estradas, com tratores tendo que retirar caminhões, são alguns dos principais problemas. Além disso, a situação na BR 163 vem impedindo que os produtos saiam do campo.
“Este era um ano em que o produtor apostou que ia dar tudo certo, mas o tempo não colaborou para o produtor este ano”, destaca a presidente. Segundo ela, alguns produtores abandonaram até 500 hectares, sem condições de entrar com as colheitadeiras no campo. Com isso, o município tem uma média de perdas de 15% na produção em geral.
Ela conta ainda que os produtores estão sendo penalizados pelas traders e pelas indústrias, que descontam a qualidade do produto quando a soja é entregue, mas que depois misturam o produto de baixa qualidade com soja em bom estado e ganham em cima da venda do produtor. Com isso, ela critica a falta de normas específicas e gerais para classificação de soja no Brasil.
Em parceria com a Aprosoja, o Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis disponibiliza aos produtores um técnico credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para realizar laudos de qualidade do produto colhido.
Fonte: Notícias Agrícolas (foto: José Medeiros/assessoria)