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A fila de caminhões que ocupou mais de 50 quilômetros da BR-163 nos últimos dias, no Pará, deve ser zerada hoje, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), caso as condições meteorológicas sejam favoráveis. A rodovia é rota de escoamento da produção de grãos de Mato Grosso para os portos de Miritituba e Santarém, no Pará.
Há duas semanas, por causa das chuvas intensas na região e o aumento do tráfego de caminhões carregados, vários pontos de atoleiros se formaram em um trecho de 47 quilômetros, localizado entre as comunidades de Santa Luzia e Bela Vista do Caracol. A BR-163 liga o Pará ao Rio Grande do Sul – 756,6 km da rodovia no Pará estão pavimentados, faltando 190 km.
Segundo o Dnit, a chegada do Exército e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no último fim de semana, aos pontos de retenção está permitindo a execução dos serviços de manutenção da rodovia. Desde a madrugada de terça-feira (28), parte do tráfego foi liberada na BR-163 sentido sul (para Mato Grosso). As forças atuam no apoio logístico, com fornecimento de segurança à sinalização da rodovia.
Em apoio à Defesa Civil do estado, o Exército também está fazendo o transporte de cestas básicas e água aos caminhoneiros e suas famílias, bem como aos moradores dos vilarejos próximos à rodovia. Cerca de 4 mil pessoas estão ilhadas às margens da BR-163.
Ontem (2), foi criado um grupo de trabalho e um comitê gestor, composto por representantes do governo federal e empresários do agronegócio, para manter a rodovia em condições de tráfego até o fim da safra de grãos. O comitê será formado por representantes da Casa Civil, do Ministério da Agricultura, Dnit, da PRF, do Exército, da Defesa Civil e de empresas do setor.
Asfaltamento
Segundo o Dnit, desde a divisa com Mato Grosso até Miritituba, faltam 100 km da BR-163 para serem asfaltados. Em 2016, foram asfaltados 20 quilômetros. O trecho da rodovia onde se verificam os pontos críticos devido às chuvas será pavimentado este ano. A meta do Dnit é asfaltar 60 quilômetros em 2017 e concluir o asfaltamento até o porto de Miritituba até 2018.
O órgão informou que, até a conclusão das obras, serão adotadas medidas emergenciais, como o controle de tráfego e a drenagem para escoar água da estrada, dando passagem aos veículos, especialmente os caminhões com cargas mais pesadas.
Fonte: Agência Brasil (foto: divulgação/arquivo)