Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros da soja consolidaram o movimento negativo e finalizaram a sessão desta quinta-feira com perdas de mais de 11 pontos e desvalorização acima de 1%. O vencimento março/17 era cotado a US$ 10,11 por bushel, enquanto o maio/17 era negociado a US$ 10,22 por bushel.
As cotações da oleaginosa foram pressionadas pelos primeiros números do USDA Outlook Forum que acontece entre hoje e amanhã nos EUA, com as primeiras projeções para a safra americana. As informações preliminares do evento trouxeram uma estimativa de área de 88 milhões de acres (35,61 milhões de hectares), contra 83,4 milhões da safra anterior (33,75 milhões de hectares). E, nesse ambiente, espera um preço médio para a commodity de US$ 9,60 por bushel.
“O mercado já está negociando uma área maior de soja e menor de milho e trigo nesta safra”, informou, em nota, a Benson Quinn Commodities. Para alguns analistas internacionais, a oleaginosa poderia, inclusive, superar o espaço destinado ao milho, o que não é comum nos EUA e não ocorre desde 2001.
Mais consultorias internacionais acreditam, afinal, em uma área ainda maior para a soja.
No caso do Brasil, a combinação da queda registrada em Chicago e no dólar também pressionou as cotações. De acordo com levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Ponta Grossa (PR), a queda foi de 4,17%, com a saca da soja R$ 69,00. Em Assis (SP), a queda foi de 3,82%, com a saca a R$ 63,00.
No Porto de Paranaguá, o valor disponível e o futuro recuaram 2,07%, com a saca a R$ 71,00. Em Rio Grande, o disponível caiu 1,39%, com a saca a R$ 71,00 e o valor futuro perdeu 2,03%, com a saca a R$ 72,50. Já a moeda norte-americana fechou o dia com queda de 0,46% e negociada a R$ 3,0565 na venda, menor patamar de fechamento desde 21 de maior de 2015.
Fonte: Notícias Agrícolas