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Mato Grosso vacinou mais de 99% do seu rebanho, diz Indea

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Em novembro de 2016, na segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso, foram vacinados 30.116.239 bovinos e bubalinos, o que corresponde a 99,62% do rebanho total do Estado (30.230 milhões). Desde 2005 as etapas têm alcançado índices de vacinação superiores a 99%, contribuindo para a erradicação da doença no Estado. Os números foram apresentados nesta quarta-feira pela direção do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT).

Na segunda etapa foi obrigatória a vacinação de bovinos e bubalinos de todas as idades, “mamando a caducando”. A baixa inadimplência é resultado de intenso trabalho de divulgação, educação sanitária e fiscalização, além do apoio dos produtores rurais, que confiam na iniciativa para manter seus rebanhos livres da febre aftosa.

“Desde 2005, Mato Grosso está com os índices estabilizados acima dos 99%. Atualmente, apenas 2% das propriedades não foram atingidas com a vacinação, mas já estamos providenciando para chegar até esses pontos e garantir 100% de cobertura no Estado. Para atingirmos esse resultado, um trabalho grande é feito pelo Indea na questão da educação sanitária e a conscientização do produtor rural para a importância da vacina e a fiscalização, pois quem não cumpre é penalizado”, pontuou o presidente do Indea, Guilherme Nolasco.

Na região de fronteira, o Indea atuou com 44 fiscais agropecuários acompanhando a vacinação em mais de 900 propriedades, um rebanho estimado de quase 600 mil cabeças de gado, além das zonas de risco como áreas indígenas e assentamentos. “Quem não apresenta a documentação em dia, não pode receber e nem enviar animais para lugar nenhum”, acrescentou Nolasco.

O status sanitário do rebanho bovídeo do estado foi destacado pelo secretário adjunto de Agricultura da Sedec, Alexandre Possebon. “Em todo o mundo a condição principal para adquirir produtos de origem animal é o controle sanitário de doenças. O que os animais estão comendo, como são tratados, que tipos de vacinas tomam. A base para você se tornar exportador é ter um controle sanitário forte que resulta num produto de qualidade. Nesse ponto o trabalho do Indea de vacinação e defesa é primordial. Mato Grosso tem condições de atingir países que ainda não conhecem os nossos produtos, estamos crescendo na área de aves e suinocultura”, frisou o gestor.

Possebom afirmou que o trabalho da atual gestão, em parceria com o Ministério da Agricultura, garantiu oportunidades para Mato Grosso, como a exportação de carne para os Estados Unidos. “Em março devemos apresentar, por meio do Imac, os primeiros protocolos de certificação da nossa qualidade, buscando a valorização. Nosso objetivo é mostrar que temos um produto rastreado, sustentável e imunizado”, finalizou.

O Indea-MT e o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) são os órgãos oficiais responsáveis pela regulamentação, divulgação, educação sanitária, controle e fiscalização da vacinação, cabendo ao produtor arcar com a aquisição e aplicação da vacina. A sanidade do rebanho bovídeo tem também a importante parceria de entidades ligadas ao setor pecuário – Famato, Acrimat, Acrismat, Sindifrigo, Ovinomat e o Fesa, que apoiam as medidas de prevenção contra a febre aftosa.

O último foco da doença no estado foi registrado em 1996. Atualmente Mato Grosso é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa com vacinação, condição constantemente comprovada pelas ações de vigilância veterinária e inquéritos epidemiológicos realizados pelo Indea e Mapa.

“Estamos intensificando a fiscalização na região de fronteira, tanto que podemos ver hoje Cáceres, Vila Bela, Porto Espiridião e Pontes de Lacerda que apresentam número significativo de rebanho com três milhões de cabeças e vacinação passando dos 99%. Isso revela que o nosso produtor está consciente e que o trabalho do Indea e Ministério da Agricultura tem tido relevância na região”, afirmou José Guaresqui, superintendente federal da Agricultura em Mato Grosso.

“Desde o início dessa gestão, o governador disse que faria um trabalho com a união das entidades e parcerias, e isso é fundamental para o produtor, para o agronegócio em geral. A abertura ao capital americano foi uma vitória, com mais de 20% da nossa produção de carne exportada. O Canadá e o México também mostram interesse. Todos os órgãos sintonizados para que o resultado seja uma carne com selo de garantia de excelência”, destacou Francisco Manzi, superintendente da Acrimat.

Fonte: Só Notícias/Agronotícias (foto: assessoria/arquivo)

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